Publicado Jornal de Angola
12 Julho 2011
O comandante da sexta frota dos Estados Unidos e das forças de apoio à OTAN reiterou, no domingo, o interesse do seu país cooperar com a Marinha de Guerra Angolana.
Depois de apreciar as demonstrações tácticas dos fuzileiros navais angolanos, o vice-almirante Henry Herris disse, à imprensa, que Angola é um dos três países africanos com quem os Estados Unidos têm uma parceria estratégica. "Podemos arranjar áreas em comum para ajudar na protecção marítima", afirmou o oficial norte-americano.
Uma nota da Embaixada dos Estados Unidos em Luanda refere que a visita de altas patentes da marinha constitui o reiterar do compromisso no reforço da cooperação militar entre os dois países.
A deslocação surge na sequência de outras efectuadas recentemente pelo secretário norte-americano da Marinha, Ray Mabus, pelo embaixador James McGee, conselheiro político da sexta frota marítima dos Estados Unidos,e do navio Robert Bradley.
O vice-almirante teve encontros com altas entidades militares e civis, com os quais falou do estado das relações bilaterais, em particular na área militar, e os caminhos a seguir para uma cooperação cada vez mais estreita.
O Departamento norte-americano da Defesa, através do gabinete do adido militar em Angola, investe, este ano, no país 1,3 milhões de dólares em programas de ensino da língua inglesa, na luta contra o VIH/SIDA e na assistência à construção de clínicas.
O comandante da Marinha de Guerra Angolana, almirante Augusto Cunha, disse que quer um efectivo forte, bem equipado em meios técnicos, pois, frisou, "os riscos são comuns" e exigem "grandes investimentos". O mar, recordou, é um património de grande valor para a economia e para a defesa de Angola.
"Estamos conscientes das responsabilidades da Marinha de Guerra Angolana nas organizações regionais onde Angola se insere, nomeadamente a SADC, Comissão do Golfo da Guiné e da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC)", disse.