O Navio-Tanque “Almirante Gastão Motta” realizou, no dia 11 de outubro, reabastecimentos simultâneos de óleo diesel especial dos navios escolta da Força-Tarefa 710, integrantes da Operação “TROPICALEX”, que se encontravam navegando a 95 milhas a leste da costa de Sergipe.
Os reabastecimentos foram realizados com um escolta em cada bordo do Navio-Tanque, utilizando, por bombordo, o método “Close-in”, onde a sustentação da linha de mangotes de combustível é feita por um guindaste ou lança, não havendo cabo de sustentação, com os navios a uma distância de 60 a 80 pés, e, por boreste, o método “Stream”, onde é empregado um cabo de sustentação de aço, mantido tensionado pelo navio-tanque, por meio de um tensor automático, com os navios a uma distância de 80 a 180 pés. Durante a atividade foram reabastecidas as Fragatas “União”, “Bosísio”, “Greenhalgh” e “Niterói” e a Corveta “Barroso”.
Os cinco escoltas receberam um total de 650 mil litros em apenas quatro horas, demonstrando o excelente nível de adestramento e profissionalismo das tripulações dos meios envolvidos, além da constante preocupação com a segurança. Seguindo a programação da Operação, no dia 12 de outubro, foi realizado um exercício do tipo “SURFEX” com o propósito de adestrar os meios da Força-Tarefa, em sua primeira fase, nas técnicas básicas de interrogação, abordagem, visita e inspeção de navios mercantes, controle e vigilância da tripulação e, na segunda fase, na verificação da documentação e na localização, identificação, interrogação, abordagem e inspeção de navio mercante com suspeita de estar violando alguma sanção imposta, bem como nos procedimentos para escalar o emprego da força e para a condução de tiros de advertência (simulados).
No exercício, três navios da Força-Tarefa simularam serem navios mercantes, sendo interrogados pelos demais navios da Operação, na tentativa de identificar, a partir das informações obtidas, a necessidade de efetuar a visita e inspeção. Logo após ter sido caracterizada essa situação, foi determinada a abordagem, por meio de um Grupo de Verificação e Inspeção, utilizando embarcação de casco semi-rígido, orgânica das Fragatas “União” e “Greenhalgh” e da Corveta “Barroso”.
Com o propósito de aumentar o realismo do exercício, foram formulados dados sobre o navio mercante, tais como: tripulação, carga que está sendo transportada e as suas características, além de serem preparados 10 militares, usando trajes civis, para simularem a tripulação do navio inspecionado. Foram avaliados o tempo de preparação, tempo de embarque, se o navio mercante foi apresado ou liberado, além das discrepâncias observadas na parte documental, de carga e de pessoal.
Os meios participantes da Força-Tarefa 710, que tem como Comandante o Vice-Almirante Wilson Barbosa Guerra, Comandante-em-Chefe da Esquadra, suspenderam da Base Naval do Rio de Janeiro em 6 de outubro, com a tarefa de realizar exercícios visando o adestramento dos meios da Esquadra e ação de presença em nossa última fronteira – a “Amazônia Azul”. A Operação “TROPICALEX” está envolvendo cerca de 1600 militares. A Força-Tarefa, atualmente, é composta pelas Fragatas “Niterói” (F40), “União” (F45), “Greenhalgh” (F46) e “Bosísio” (F48), pela Corveta “Barroso” (V34), pelo Navio-Tanque “Almirante Gastão Motta” (G23), além de 2 aeronaves UH-12/13 “Esquilo” e 2 aeronaves AH-11A “Super Lynx”.
Durante a Operação, alguns meios navais atuam em apoio aos exercícios, são eles os Submarinos “Tikuna” (S34) e “Tamoio” (S31), o Navio de Socorro Submarino “Felinto Perry” (K11), a Corveta “Caboclo”, o Navio-Patrulha “Gurupá” e Navios-Patrulha do Comando do 2º e 3° Distritos Navais, além de uma aeronave P-95 e duas aeronaves A-1 da Força Aérea Brasileira. Os meios da Força-Tarefa atracaram nos portos de Natal (RN), Recife (PE) e Cabedelo (PB) no dia 13 de outubro.
Fonte: NOMAR