Cooperação com a Marinha do Brasil em Ciência, Tecnologia e Inovação é destaque na SciBiz Conference – 2024

Participando pela primeira vez, a Marinha discutiu avanços estratégicos em CT&I

Por Edwaldo Costa

A Marinha do Brasil, por meio da Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM), participou da 7ª edição da maior conferência de ciência e negócios da América Latina: a SciBiz Conference 2024. Realizado no Centro de Inovação da Universidade de São Paulo (USP), no período de 17 a 21 de junho, o evento destacou-se como um marco para a conexão entre a ciência e os negócios.

A conferência reúne participantes de diferentes áreas, incluindo executivos, startups, cientistas, investidores, docentes, estudantes e governos. Foram compartilhados conhecimentos, oportunidades de parcerias e possíveis soluções para os desafios que a sociedade e o mercado enfrentam.

Segundo a gestora da SciBiz, Aline Figlioli, este ano o evento está organizado em torno das missões do plano da Nova Indústria Brasil (NIB), que possui cinco diretrizes. A primeira envolve cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais para a segurança alimentar, nutricional e energética. A segunda aborda o complexo econômico-industrial da saúde resiliente para reduzir as vulnerabilidades do SUS e ampliar o acesso à saúde. A terceira discute infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis para a integração produtiva e o bem-estar nas cidades. A quarta trata da transformação digital da indústria para ampliar a produtividade e das tecnologias de interesse para a soberania e defesas nacionais. A quinta missão reflete sobre a bioeconomia, descarbonização, transição e segurança energéticas para garantir os recursos para as futuras gerações.

“A Marinha, que já possui projetos com a USP, se encaixou perfeitamente na quarta missão. Estamos imensamente felizes em recebê-los para mostrar que um órgão tão importante para a soberania nacional tem interesse no desenvolvimento tecnológico em parceria com a universidade. Essa parceria resguarda aspectos estratégicos da pesquisa, mas também demonstra à sociedade o esforço tecnológico realizado. Estamos muito contentes por isso”, comentou Aline.

O Assessor-Adjunto de Ciência, Tecnologia e Inovação e Encarregado do Núcleo de Inovação Tecnológica da DGDNTM, Capitão de Mar e Guerra Felipe Messias Gonçalves Lourenço, foi o palestrante de um dos painéis. Durante sua apresentação, o Comandante Messias abordou as diretrizes e os resultados da cooperação da Marinha com instituições em CT&I, destacando programas e projetos estratégicos desenvolvidos pela Força Naval, alguns conduzidos em parceria com universidades e empresas da Base Industrial de Defesa. Sua abordagem integradora e visão estratégica foram importantes para trazer a atenção do público presente para tecnologias disruptivas, o cerceamento e a sua criticidade, especialmente em um contexto global e de rápida evolução.

“Esse evento permite fomentarmos novas parcerias e fortalecermos aquelas já existentes, como, por exemplo, a parceria de longa data que temos com a USP. Entendemos que o SciBiz Conference 2024 é de extrema importância para a Força, para o desenvolvimento sustentável do País e para a manutenção da nossa soberania e defesa nacionais, enfatizou o Comandante Messias”.

Para o Coordenador da Agência USP de Inovação e Vice-Coordenador do evento, Henrique Catalani, a Marinha, estando dentro do campus da USP, está incluída no espectro de atores e stakeholders da região. Ela participa em colaboração assim como o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas, o Butantan, a Prefeitura de São Paulo, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, a Universidade Federal de São Paulo, o Instituto Mackenzie e outras. Assim, o SciBiz extrapola os muros da USP e se transforma em um valioso festival de inovação.

Além da participação da DGDNTM, a conferência “SciBiz+Marinha” contou com a presença de representantes da Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON), que discutiu os programas estratégicos de defesa da instituição, com ênfase na inovação na construção naval no Brasil, particularmente as Fragatas Classe “Tamandaré”. A AMAZUL destacou o papel da tecnologia nuclear e inovação.

O evento reuniu cerca de 3 mil participantes, 50 investidores, gerou mais de 120 horas de conteúdo, contou com cerca de 20 palestras de renomados pesquisadores internacionais, 50 apresentações curtas e diretas, além de envolver mais de 200 empresas, 200 palestrantes e 100 apresentações de startups.

Fonte: Agência Marinha de Notícias

Compartilhar:

Leia também

Inscreva-se na nossa newsletter