No período de 21 a 25 de outubro, os alunos do Curso Especial de Comandos Anfíbios (C-Esp-ComAnf) participaram de um exercício curricular em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro. Após o recebimento da missão, os alunos iniciaram o planejamento de uma ação de comandos, com o resgate de reféns como parte de uma Incursão Anfíbia (operação anfíbia na qual a Força-Tarefa Anfíbia rapidamente projeta seu poder sobre terra, cumprindo sua missão da forma mais rápida e precisa e retira-se de forma planejada).
O Comandante do Grupo de Comandos Anfíbios fez uma apresentação do seu planejamento, expondo detalhadamente como pretendia cumprir a missão que, nesse caso, foi um resgate de reféns mantidos em território inimigo, seguida da destruição de uma seção de mísseis e da neutralização de um galpão de estoque de armas utilizando os armamentos da Fragata “Greenhalgh” (apoio de Fogo Naval).
O desembarque ocorreu da Fragata “Greenhalgh” que lançou embarcações pneumáticas próprias para Operações Especiais. A primeira delas alcançou a praia após, aproximadamente, 40 minutos. Para a efetiva chegada da embarcação foi realizado o procedimento padrão, em que dois militares (esclarecedores) nadaram até a praia para averiguação da situação no local. E, após este procedimento, sinalizaram para a aproximação das outras embarcações. Os militares embarcados na Fragata “Greenhalgh” fizeram o transbordo a aproximadamente 4 milhas náuticas da praia e, utilizando uma embarcação de desembarque pneumática, se dirigiram para o mesmo local a fim de encontrar com o primeiro grupo e seguir em deslocamento terrestre para onde ocorreria a ação.
No local da ação, havia uma seção de mísseis, reféns confinados e um galpão de estoque de armas. Primeiramente foi realizado o resgate dos reféns. Durante a ação os alunos e o figurativo inimigo utilizaram o STILL, equipamento que avalia a interação através de laser emitido de um dispositivo acoplado ao fuzil e receptores acoplados no corpo dos militares. Logo após o resgate, foi realizada a neutralização da seção de mísseis com o uso de explosivos.
Por último, o Grupo de Comandos Anfíbios (GruCAnf) entrou em contato com a Fragata para os procedimentos para o Apoio de Fogo Naval. Utilizando-se do poder de fogo do navio, o (GruCAnf) destruiu o galpão de estoque de armas, simulando o tiro através do uso de cargas explosivas.
De acordo com o encarregado do curso, Capitão-de-Corveta (FN) Alex a missão foi um sucesso. Os alunos demonstraram elevado grau de profissionalismo e aplicaram as técnicas e táticas com audácia e precisão. Mas essa é apenas uma das missões do curso, que procura realizar atividades em todos os ambientes operacionais do Brasil, com níveis de dificuldade crescente, conforme prevê o currículo daqueles militares que serão responsáveis pelas operações especiais do Corpo de Fuzileiros Navais.