Com a partida do navio Polar (NPo) Almirante Maximiano e de Apoio Oceanográfico (NApOc), Ary Rongel, ambos da Marinha do Brasil, do Rio de Janeiro, em outubro de 2018, foi iniciada a 37ª Operação Antártica (OPERANTAR XXXVI), que, até abril de 2019, apoia 17 projetos científicos de diferentes áreas de conhecimento e atua na manutenção da Estação Antártica Comandante Ferraz no continente gelado.
As atividades dos projetos são divididas em: pesquisas embarcadas, apoiadas pelo NPo Alte Maximiano e no NApOc Ary Rongel, totalizando doze projetos; onze acampamentos de pesquisa pelo NApOc Ary Rongel, a serem lançados na parte norte da Península Antártica; e quatro intercâmbios de pesquisa em estações antárticas estrangeiras.
Os projetos possibilitam a realização de pesquisas de estudo da biodiversidade e do ecossistema antártico, as investigações sobre as mudanças climáticas naquela região e suas consequências em nível global e as pesquisas nas áreas de oceanografia, glaciologia e geologia.
Além de apoiar os pesquisadores durante os trabalhos realizados na área da Baía do Almirantado (Antártica), o Grupo-Base (GB) constituído por 16 militares da Marinha do Brasil, é responsável pela manutenção da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), cujas as instalações foram parcialmente destruídas por um incêndio em 2012, e ainda hoje, passa por reconstrução. Quando a Estação for concluída, em 2020, poderá abrigar até 64 pessoas em uma área de cerca de 4,5 mil metros quadrados.
Além dos navios da Marinha, voos de Apoio Logístico da Força Aérea Brasileira, com as aeronaves Hércules C-130, atuam no transporte de material e pessoal entre o Brasil e a Antártica, para a realização da Operação.
PROANTAR
O "Programa Antártico Brasileiro" (PROANTAR) tem a atribuição de planejar e executar as atividades logísticas e científicas em local tão distante e inóspito, sempre enfocando as questões ambientais.
Pelo Decreto nº 86.830, de 12 de janeiro de 1982, a Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM) gerencia o PROANTAR. Por isso, o planejamento da OPERANTAR ocorre por meio de diversas reuniões com os órgãos diretamente envolvidos no Programa Antártico, tais como: Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ministério das Relações Exteriores (MRE), Força Aérea Brasileira (FAB), dentre outros indiretamente envolvidos nas atividades desenvolvidas pelo Brasil na Antártica.