O presidente da FINEP, Luis Fernandes, participa na próxima semana de encontros estratégicos em Washington, nos Estados Unidos, sobre ciência, tecnologia e inovação.
Os compromissos são um desdobramento dos acordos de cooperação bilateral firmados no fim de junho pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pela financiadora durante a visita oficial da presidente Dilma Rousseff ao presidente americano, Barack Obama.
O setor de energia terá grande importância na agenda. O presidente da Finep vai se encontrar com a Advanced Research Projects Agency-Energy (ARPA-E), agência americana especializada em pesquisas sobre fontes de energias alternativas, além do Department of Energy (DoE) . “Essa é uma área prioritária para o Brasil”, destacou Fernandes, que também terá reunião com representantes de outros setores, como o de manufaturados.
Durante a viagem, Luis Fernandes vai se encontrar ainda com o Council of Competitiveness (CoC), com quem a Finep assinou recentemente um documento de entendimento em inovação e competitividade, que vai contribuir para a melhoria das políticas públicas brasileiras e norte-americanas na área. “Esse é um esforço extremamente importante, de atrair para o Brasil os centros de pesquisa de grandes empresas americanas”, ressaltou o presidente da Finep.
Além disso, a financiadora passará a integrar a Global Federation of Competitiveness Councils (GFCC), federação que reúne instituições de todo o mundo voltadas para os avanços de competitividade. Confederação Nacional da Indústria (CNI), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI) são os outros representantes brasileiros da GFCC.
Brasil-Estados Unidos
Os Estados Unidos encerraram o ano de 2014 como o segundo principal parceiro comercial brasileiro, com participação de 13,66% no comércio exterior do Brasil, atrás apenas da China. Entre 2005 e 2014, o intercâmbio comercial cresceu 76,2%, passando de US$ 35,2 bilhões para US$ 62 bilhões.
Segundo dados do Banco Central de 2013, os estoques de investimentos dos Estados Unidos no País foram de US$ 116 bilhões, tornando-se o maior investidor estrangeiro do Brasil. No mesmo ano, o estoque de investimentos brasileiros nos EUA foi de aproximadamente US$ 14 bilhões.