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INTEL – Aparelhos de Telex já foram alvos de espionagem nas Embaixadas Brasileiras

Bancos, embaixadas e agências de viagem usavam uma rede internacional de Telex na década de 1980 para se comunicarem. O aparelho de Telex ficava ligado o tempo todo e as mensagens eram submetidas em texto.

Para evitar que fossem interceptadas e garantir a autenticidade das mensagens, era necessário inserir sigilo e integridade nos aparelhos de Telex. Ou seja, o Telex era comprado pelo governo brasileiro junto às empresas fabricantes e o órgão de Inteligência da época instalava equipamentos criptográficos nos aparelhos de Telex. Assim as mensagens saídas do Brasil eram embaralhadas e, uma vez recebidas nas embaixadas de destino, eram revertidas à sua forma original.

Há registro de que um deles foi roubado da embaixada do Brasil na Itália. Como as organelas criptográficas estavam sob a guarda do embaixador e não junto ao aparelho, não houve prejuízo ao País na operação adversa em questão.

Esse é um exemplo de como a criptografia é essencial para proteger as informações estratégicas de Estado.

Esse e outros objetos curiosos podem ser vistos no Museu da Inteligência, na sede da ABIN, em Brasília.


Nota DefesaNet

Telex – abreviação de Teleprinter Exchange – é um sistema de comunicação mundial do século passado. Já foi um dos mais importantes métodos de comunicação entre empresas, embaixadas, órgãos governamentais, serviços públicos, etc., mas perdeu popularidade na década de 1980, quando foram gradualmente substituídos por aparelhos de fax (que agora foram substituídos por computadores).

Um caso polêmico também referente a empregos de sistemas criptográficos foi o surgimento da empresa suíça Crypto, um empreendimento conjunto das agências de inteligência alemã BND e a americana CIA.

https://www.defesanet.com.br/intel/noticia/38833/brasil-utiliza-ha-mais-de-60-anos-criptografia-de-empresa-que-era-controlada-pela-cia/

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