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Exército Retoma Programa URUTU 3

Exército Retoma Programa URUTU 3


Nelson Düring
DefesaNet

A edição do Diário Oficial da União do dia 08 Agosto, terça-feira, trouxe o indicativo, que o Exército está retomando o Programa Urutu 3, com a contratação da FUNDACAO RICARDO FRANCO, para o Projeto Preliminar da Viatura Blindada de Transporte de Pessoal-Média, de Rodas (VBTP-MR).

Após ter lançado um edital de concorrência (nº 001/2005), em 04 agosto 2005, e contratado a Empresa Columbus, posteriormente cancelado, para a realização dos mesmos serviços, que agora são contratados à Fundação Ricardo Franco. Ver artigo Exército Adia Programa URUTU 3.

O motivo alegado pelo Exército Brasileiro em nota do Centro de Comunicação Social do Exército (CComSEx), na época, foi o de falta de verbas, e a necessidade do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) em atender a outras despesas inadiáveis.

Transcorrido exatamente um ano do lançamento do edital de concorrência (nº001/2005), e após o cancelamento desse, o Exército contrata a Fundação Ricardo Franco, entidade ligada ao Instituto Militar de Engenharia (IME), para o "Projeto Preliminar da Viatura Blindada de Transporte de Pessoal – Média, de Rodas (VBTP-MR)", popularmente chamado Urutu 3.

Em entrevista a Defesa@Net, Maio 2006, durante a Festa Nacional da Cavalaria, no Parque Osório, o Comandante do Exército, General Francisco Albuquerque, informou:

" Pretendemos ter o protótipo do Urutu 3 pronto, até o final do ano. …Já temos um projeto, agora vamos desenvolver o protótipo e logo teremos o lote piloto do Urutu 3. Temos esta programação e pretendemos estar com o projeto piloto terminado até o final do ano. Já temos os recursos necessários e o projeto já está pronto."

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
EXTRATO DE DISPENSA DE LICITAÇÃO Nº 136/2006
Nº Processo: 186/2006- DCT .

Objeto: Contratação de serviços para o Projeto Preliminar da Viatura Blindada de Transporte de Pessoal – Média, de Rodas (VBTP-MR).
Total de Itens Licitados: 00001 .
Fundamento Legal: Artigo 24 , inciso XIII , da Lei 8.666/93 .
Justificativa: Valor global para contratação da consultoria técnica especializada, considerado viável.
Declaração de Dispensa em 07/08/2006
ARI NASCIMENTO – CEL . Ordenador de Despesas .
Ratificação em 07/08/2006 .
GEN EX – DARKE NUNES DE FIGUEIREDO
Chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia .

Valor: R$ 637.265,78

Contratada: FUNDACAO RICARDO FRANCO . Valor: R$ 637.265,78
(SIDEC – 07/08/2006) 160076-00001-2006NE900125

 

A Fundação Ricardo Franco (FRF) é uma fundação de apoio ao Instituto Militar de Engenharia (IME), instalada em 28 de maio de 1998 nos termos da lei 8958 de 20 de dezembro de 1994 e da Portaria Ministerial 631 de 5 de julho de 1995.

A FRF é pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos e tem como objetivo estimular a pesquisa e o desenvolvimento nos campos da tecnologia, da ciência e do ensino, complementando e apoiando as atividades exercidas pelo IME, bem como estimular a formação, a extensão, a especialização e o aperfeiçoamento de recursos humanos para a sociedade em geral, complementarmente às atividades desenvolvidas pelo IME em função de seus objetivos regulamentares. A FRF é fiscalizada pela Provedoria de Fundações do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.

De modo semelhante, a FRF apoia as atividades do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento (IPD) e do Campo de Provas da Marambaia (CPrM), órgãos integrantes do Centro Tecnológico do Exército (CTEx), por intermédio de convênio que permite também utilizar recursos humanos e laboratoriais daquelas instituições.

Nota: O nome da Fundação é em homenagem a ao patrono Quadro de Engenheiros Militares, Ricardo Franco de Almeida Serra (1748-1809), formou-se em Engenharia e Infantaria em Portugal. Era capitão quando foi designado para demarcar limites fronteiriços na América, onde persistiam as disputas territoriais resultantes da expansão das fronteiras do Brasil nos tempos da união das coroas portuguesa e espanhola

Ricardo Franco realizou expedições demarcatórias desde a Guiana até o Paraguai; mapeamento de vários rios das regiões Norte e Centro-Oeste; e projetou a construção de magníficos fortes e fortalezas para manutenção e defesa dos limites pátrios. Entre esses, destacam-se a conclusão do Forte Príncipe da Beira, na cidade de Guajará-Mirim (RO); e a construção do Forte Coimbra, em Porto Murtinho (MS), considerados marcos da engenharia militar no Brasil.

No comando do Forte Coimbra, no posto de Coronel, Ricardo Franco, apesar de contar com parcos recursos – poucos homens, quase nenhum armamento, munição e pouca comida -, liderou as forças luso-brasileiras contra as incursões espanholas às margens do rio Paraguai, defendendo, com bravura e heroísmo, aquele pedaço de chão. Faleceu, em 21 de janeiro de 1809, aos 61 anos, ainda no comando do Forte Coimbra.

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