GUERRA DE INFORMAÇÃO GUERRA DE NARRATIVAS. FICÇÃO E LETALIDADE.
“Confesso que não tenho pela liberdade de imprensa esse amor completo e instantâneo que se concede às coisas soberanamente boas por sua natureza. Aprecio-a em consideração muito mais pelos males que ela impede do que pelos bens que ela faz”.
Alexis de Tocqueville
Frederico Aranha
Pesquisador independente
Advertência: tradução livre
O ex-Secretário de Defesa americano, General USMC James Mattis, dizia aos seus Marines no Iraque que “as seis polegadas mais importantes no campo de batalha estão entre as orelhas” (1). Ele se referia a necessidade de controle, inventividade, iniciativa, agressividade e calma sob ataque. Hoje, seu alerta é apropriado para qualquer um, em qualquer lugar, porquanto a sociedade mundial está mergulhada na guerra de informação (2) ou de narrativas – e muitos estão perdendo ou em vias de serem derrotados.
Isto não é uma metáfora. Tampouco é ficção científica. Poucos são os pensadores que formulam teorias e conjecturas sobre questões de geopolítica, defesa e segurança (3), que reconhecem a realidade, embora o campo de batalha cognitivo da guerra informativa (4) esteja profundamente arraigado em toda a textura da sociedade moderna. É como se fora uma pele digital amorfa cobrindo todo o planeta, penetrando sobre, abaixo e através de indivíduos, partidos políticos, Nações-Estado e Não-Estados.
Suas batalhas podem ser digitais, mas as consequências são ruinosamente reais (5). Este ensaio não é outra história sobre a interferência russa em eleições; a Rússia não é responsável nem pela rápida mudança do caráter da guerra (6), muito menos pela alteração do temperamento dos Estados Unidos e aliados ocidentais (7). Simplesmente, foi a pioneira em adotar as novas armas de guerra, porque lá aconteceu o futuro, primeiramente (8). Os militares e os teóricos e analistas da defesa e segurança são de modo geral conservadores, enfatizando, por exemplo, a letalidade na preparação de possível futura guerra, perdendo, contudo, o enfoque na conjuração da guerra de narrativas em que já estamos todos envolvidos. Os planejadores das estratégias de defesa e segurança criam rotineiramente conceitos operacionais caracterizados por mais resiliência, confiando, por exemplo, nas plataformas de ataque de longo alcance, correndo o risco de subestimar ou ignorar o que vem a ser o centro de gravidade real (9): o espaço da informação propriamente dito.
Atualmente, tanto atores triviais como agentes criminosos empregam armas de informação no encalço dos seus objetivos ou alvos políticos. Estas armas são abrangentes (10), prevalentes (11) e persuasivas (12). Não mais é aconselhável lidar com as operações de informação como se fossem uma força de apoio ou mero anexo de um plano maior. Agora, a segurança nacional começa na cabeça do cidadão e sua arquitetura precisa se adaptar. Em síntese, faz-se necessária uma teoria de vitória (13) para a era da informação.
A guerra tem uma lógica consistente. Ela é e sempre foi um meio para alterar a conduta humana pela imposição da vontade. Porém, seu “caráter” é inerentemente mutável, porquanto as comunidades de segurança sempre intentam alterar as circunstância, objetivando obter vantagem competitiva umas sobre as outras. Historicamente, o meio mais eficiente para uma Nação-Estado impor sua vontade sobre outra tem sido mediante a coerção física. Mas, um teorista sábio como Carl von Clausewitz (14) deduziu que isto não passa de reflexo da verdadeira natureza da guerra. Ele acreditava que a guerra era (15) “um processo engendrado por forças morais e físicas, com prevalência das primeiras”, comparando esses meios à empunhadura da espada, que é meramente a peça pela qual controlamos a arma real – a força moral (ou cognitiva).
O caráter da guerra se alterou drasticamente desde os dias de Clausewitz, pois agora um oponente pode ser alvejado mais eficientemente com tweeters em lugar de mísseis de cruzeiro. A dissuasão, afinal de contas, existe tão somente na mente do dissuadido. No passado, um Estado precisava ameaçar ou mesmo invadir seu vizinho para impor as mudanças políticas que desejava. Porém, se os líderes desse Estado-alvo – ou melhor, o grosso da sua população – puderem ser convencidos a realizarem essas mudanças de mútuo próprio, sem a necessidade de que um tiro seja disparado? Agora, isto é possível pela primeira vez, graças à conectividade competitiva da era da informação. Os beligerantes podem, eles mesmos, comandar a lâmina metafórica de Clausewitz.
Os teóricos militares russos reconheceram há décadas que as armas de informação de guerra se tornaram mais potentes do que as armas cinéticas e foi isto, acreditam eles, que derrocou a União Soviética, erodindo-a por dentro. Estabeleceram que a “Guerra de Nova Geração” (16), nomeada “Guerra Híbrida” no Ocidente, é caracterizada, entre outras, por táticas psicológicas, tais como “alterar os valores morais dos cidadãos” (17), “manipular a consciência social” (18) e “minar a autoridade estatal” (19) sem emprego de força letal. “Empregando tais armas”, escreveu um pensador russo em 2004, “será eventualmente possível exercer o controle das táticas psicológicas aplicadas à longa distância nos indivíduos e, consequentemente, os resultados de campanhas heterogêneas (20) [e] na tomada de decisões de Presidentes”. Soa familiar? (21).
Os princípios russos da informação dissuasória (23) e do controle reflexivo (24) programam manipular os adversários para que tomem decisões incongruentes e num segundo momento estimá-las corretas. Similarmente, a doutrina chinesa das “Três Guerras” (25) manda sincronizar o emprego de operações estratégicas psicológicas, narrativas na mídia global (26), táticas para estabelecer precedentes legais armamentizados (27), instilação da dúvida e o aviltamento das normas internacionais. Sob o aspecto defensivo, a Rússia introduziu recentemente nos quadros das Forças Armadas o posto de “Comissário Ideológico” (28) para monitorar a tropa e ostensivamente defendê-la de “influências malignas”. A China (29) sempre manteve Comissários Políticos na organização do PLA.
Contudo, não só as grandes potencias empregam a guerra de informação ou informações de guerra e guerra de narrativas. Organizações internacionais, legais ou criminosas, corporações multinacionais e indivíduos hiper poderosos podem desempenhar hoje em dia significativo papel nas relações internacionais. O fato de a competição ser crescentemente digital e virtual, significa que a riqueza e o tamanho do Estado têm uma maior importância relativa, comparada à qualificação dos seus “guerreiros” da informação e desinformação e da abrangência das suas redes, realidade exemplificada pela desmedida influência das infamantes “fazendas de trolls” da minúscula Macedônia (30) na eleição presidencial americana de 2016.
O sentimento público sempre se dispôs a sustentar as guerras, apoio necessário e indispensável para as democracias liberais manterem campanhas militares longas. Agora este apoio é uma arma estratégica no sentido próprio, porquanto as pessoas estão como nunca dantes mais empoderadas e conectadas em praticamente qualquer lugar da terra. Os que se enquadram nessas categorias sociais (31) podem facilitar ou frustrar os caprichos daqueles que (32), equivocadamente, assumem que também pertencem ao andar de cima ou ignoram (33) estes atores pujantes.
O establishment da defesa americana, por exemplo, entendeu a guerra de informação ao longo do tempo (34) como segurança da informação. Tem, equivocadamente, focado na integridade dos sistemas de transmissão ao invés de nas próprias transmissões, fato agora reconhecido pelo alto comando das Forças Armadas do país (35).
Walter Lippmann, o pai do jornalismo moderno, escreveu (36) no despontar da era da mídia de massa que uma comunidade que não tinha o condão de distinguir verdades de mentiras não poderia almejar a liberdade. No seu livro de 1922, Public Opinion (37), um profundo trabalho de relevância intemporal, Lippmann descreve como pessoas usam sua impressionante imaginação para criar seu próprio quadro da realidade, apesar de não terem experiência direta do mundo real. Lippmann cunhou a frase manufacture of consent para explicar como os governantes poderiam usar as então novas tecnologias – como a radiodifusão – para moldar a opinião pública, ameaçando tornar obsoleta a democracia.
As modernas tecnologias influenciadoras da opinião pública fazem o broadcasting, hoje substituído pelo podcast, parecer ridículo numa comparação, em que pese haja sido o rádio que impulsionou (38) a ascensão de tiranos como Mussolini e Hitler.
O domínio cognitivo sempre foi alvo de manipulação. As sociedades abertas ocidentais até mesmo consideram bem-vinda a cacofonia de vozes, vendo nela um símbolo de força e resiliência. Até recentemente, acreditava-se que a verdade não necessitava defesa apesar da mentira espraiar-se mais rapidamente (39) – a verdade, por ventura, acabaria prevalecendo. Vivemos agora num mundo em que a verdade não é algo objetivamente evidente esperando para ser descoberta. Ao contrário, a verdade é maleável, um quê continuamente recriado por uma multidão de formuladores adversários dela. Atualmente, um indivíduo com um reles laptop e uma conexão de banda larga pode produzir conteúdo para milhões de pessoas a um custo ínfimo e eficiência ilimitada, numa grandeza infinitamente maior que os titãs do broadcasting do passado eram capazes de fazer.
Hoje, das Filipinas e do Oriente Médio à Suécia e ao Reino Unido, obscuros data brokers (40), especialistas em psicografia (41) e memetic warriors (“guerreiros meméticos”) (42) promovem vastas campanhas de manipulação (43) contaminadas com o manifesto digitalizado de Hobbes (44) – bellum omnium contra omnes – a guerra de todos contra todos. “Memes” são definidos, de modo geral, como replicação de dados ou de padrões de informação: modo de fazer as coisas, elementos de cultura, crenças, conceitos e ideias; os interessados podem consultar a obra Gene Egoísta, Richard Dawkins, 2007 e a tese Em Busca de Uma Fundamentação Para a Memética, Roberto Leal-Toledo, 2013.
A questão não é exagerar a ameaça, mas tão somente identificá-la. Campanhas persuasivas não são mágicas (45). As exitosas, como qualquer operação clandestina, não seduzem – elas encorajam. Não têm poderes para engendrar fissuras, mas são ferramentas potentes para alargá-las. A interseção do surveillance capitalism (“lógica de acumulação na esfera da network”) (46), a propaganda computacional individualizada (47) e a velha e fascinante natureza humana (48) está tornando possível “fabricar” (49) não só o consenso (v. nota 37), mas algo como se fosse a própria realidade.
Clausewitz definiu a guerra como a continuação da política combinada com outros meios. A esmagadora maioria dos teóricos militares ocidentais e porventura de outras plagas aderem a esta definição como se um dogma fosse. Todavia, Clausewitz mesmo alertou contra a permissividade de transformar uma estrutura conceitual numa abstração inflexível. E se o aforismo de Clausewitz sofresse, teoricamente, uma outra interpretação, amparada nas modernas tecnologias invertendo o aforismo, nos autoriza a pensar que a própria política não será a guerra travada por outros meios?
Vamos descobrir mais cedo do que se imagina, suspeita-se, porquanto já previa Alan Turing, o pai da computação (51), quando enunciou “isto é apenas uma antevisão do que está por vir”. A proporção da humanidade que está online quadruplicou na última década, e a rede social Facebook, só ela, tem mais de dois bilhões de integrantes (52). Em que pese mais de a metade do mundo permanecer desconectado, é um fato que as companhias hightech estão trabalhando duro para remediar.
Em breve, as plataformas de telecomunição de quinta geração, cem vezes mais rápidas que os sistema correntes, vão eliminar a latência (53) e tornar possível hospedar novos aplicativos para tornar mais vantajoso o florescente “oceano” de dados, adaptando anúncios de uma realidade absurda para cada indivíduo – influenciando campanhas de todo o gênero. Conectividade omnipresente (54) e deepfakes impecáveis podem em breve permitir, quem sabe, que vários bilhões de pessoas vivam sua própria realidade customizada, cada um um alvo, cada um uma arma.
Orwell (55) divisou o futuro como sendo um “coturno autoritário” pisoteando na face da humanidade. Diversamente, pode-se antecipar uma campanha interminável de propaganda demagógica, ou não, anúncios, advertências de “castigos” e vídeos de conspirações, reais ou não, que vão atingir o mesmo objetivo muito mais eficientemente (56).
As democracias serão confiadas aos cidadãos bem informados, que podem alcançar um consenso acerca de ameaças e então comprometer-se a responder de modo a preservá-las. A guerra de informação e de desinformação, ou as “informações de guerra”, atacam hoje em dia todas as vulnerabilidades da sociedade, tornando o consenso e o compromisso quase impossíveis, resultando em impasse político – ou pior, em episódica guerra civil.
Há medidas que as Nações-Estado podem tomar para mitigar estas ameaças. O Secretário de Defesa do Estados Unidos, Mark Esper declarou recentemente que a segurança de eleições é uma missão permanente para os militares (57), advertindo que operações de manipulação em andamento são de “uma escala e alcance nunca antes imaginado”. Agências americanas de segurança detectaram a pesada atuação de um grupo de hackers russos autodenominado Evil Corp., acusado de empregar sofisticados programas de sequestro de dados visando, especificamente, as redes de home office.
As autoridades governamentais temem que a infraestrutura eleitoral possa ser a próxima vítima. Analistas americanos sugerem que o país poderia conectar-se a países que estão na linha de frente da guerra de informação, como é o caso da Estônia. Após sofrer ataques cibernéticos e de informação concentrados em 2007 por parte da Rússia (58), a Estônia elaborou manuais de informação e de TI (59), tornando-os uma prioridade na educação dos seus cidadãos e obrigatória sua aplicação nos serviços de segurança da informação, considerando-os o principal esforço da defesa nacional. Atualmente, a Estônia é reputada como o “Estado digital” (60) mais avançado e líder no campo da informação dentre os membros da NATO (61).
Acima de tudo, as organizações militares ocidentais devem adotar este novo domínio de guerra completamente, tratando-o como um braço vital da estrutura de defesa com apoio apropriado, em vez de esforço eventualmente suportado. Poderiam começar a repensar os termos militares clássicos como dissuasão, atrito e manobra no modo como são aplicados a elementos intangíveis como a vontade nacional (62).
Da mesma forma, as comunidades de inteligência (63) – há muito tempo acostumadas a privilegiarem as necessidades dos oficiais governamentais seniores – devem agora priorizar a informação ao público em geral. Elas poderiam redirecionar algumas diretrizes estabelecidas por seus colegiados executivos para serviços de alerta de ameaças e checagem da veracidade de fatos, orientando quem afinal lhes banca – os cidadãos. Alguém poderá dizer que isso ampliaria os limites da atividade militar confundindo guerra com não-guerra.
O renomado historiador Sir Hew Strachan demonstrou brilhantemente (64) que “as questões de segurança não representam a guerra”, e advertiu contra o “perigo de militarizar temas que seria melhor não serem militarizados”. Pois bem. Equiparar influencias externas com guerra é, certamente, uma mudança perigosa de normas internacionais, impondo questões difíceis para sociedades abertas como as ocidentais. Ainda que Strachan também concorde com Clausewitz de que a tarefa mais importante da estratégia é compreender a natureza da guerra, ele enfrenta a questão (65). Pode ser mais perigoso aderir a um enunciado antiquado, há muito não empregado, do que deliberadamente ignorar um confronto em que estamos metidos.
CONCLUSÕES
Nosso país está mergulhado numa feroz Guerra de Narrativas ou, como queiram, numa Guerra de Informação, envolvendo os Poderes da República, a classe política, a mídia de massa e outros atores de menor expressão, embora adversários da normalidade pública; e a população, obviamente. A intrincada Constituição brasileira autoriza confrontos. Por ora, não há vencedores, somente um grande derrotado – a nação brasileira. É claro que a presença da pandemia do COVID-19 serve de leitmotiv para orquestrar as mais diversas ações, mormente por parte da mídia, que, ao fim eao cabo, são ineficazes e inconsequentes.
Ultimamente, a coisa mais importante a fazer é simplesmente revidar. Se você (66) está lendo este trabalho, já está incorporado na guerra de informação, goste ou não. É ao mesmo tempo um alvo e uma arma – qualquer imagem que apreciar, todo o artigo que compartilhar e toda entidade ou ideologia com que simpatizar e a ela filiar-se ou não, digitalizando esta preferência, incorporar-se-ão ao campo de batalha das narrativas.
Se essa realidade lhe desagrada, paciência. Afinal de contas, divide et impera é a mais velha estratégia da história do mundo.
FONTES DE CONSULTA:
Trabalhos de Zachery Tyson Brown; Christopher Paul; Marek N. Posard;Mark Galeoti; Frank Hoffman; Janis Berzins, entre outros. RAND; css.ethz; Al-Monitor; naa.mil.lv; ccdcoe.org; ieee.es; Bridge; Republic; Topwar; Medusa; NovayaGazetta; Citeam; Vice; narratives-strategies; NYT; Guardian; VPK-News; Academia.edu; RT.
NOTAS
1. http:/www.sandiegouniontribune.com/news/2013/jan/19/mattisretiring/
2. https://www.wired.com/story/misinformation-disinformation-propaganda-war/
3.https://www.likewarbook.com/
4.https://madsciblog.tradoc.army.mil/158-in-the-cognitive-war-the-weapon-is-you/
5. https://academic.oup.com/ccc/article-abstract/11/1/100/4953075?redirectedFrom=fulltext
6.https://mwi.usma.edu/unmasking-wars-changing-character/
8.https://www.nytimes.com/2019/08/06/books/review/peter-pomerantsev-this-is-not-propaganda.html
9.https://www.jcs.mil/Portals/36/Documents/Doctrine/pubs/dictionary.pdf
10.https://www.pewresearch.org/fact-tank/2019/07/25/americans-going-online-almost-constantly/
11.https://www.wired.co.uk/article/niall-murphy-evrythng-internet-of-things-shopping-products
12.https://www.wired.com/story/online-ad-targeting-does-work-as-long-as-its-not-creepy/
13.https://www.jstor.org/stable/2626784?seq=1
15.http://clausewitz.com/readings/OnWar1873/BK2ch01.html
19. https://news.gallup.com/poll/1597/confidence-institutions.aspx
20.https://www.newyorker.com/magazine/2018/10/01/how-russia-helped-to-swing-the-election-for-trump
21. https://www.nytimes.com/2019/11/22/us/politics/ukraine-russia-interference.html
22. https://www.theepochtimes.com/
25.https://thediplomat.com/2015/12/hybrid-warfare-with-chinese-characteristics-2/
26. https://medium.com/@paulcobaugh/narrative-warfare-14ab7fa7ef89
27. https://www.eastasiaforum.org/2019/09/11/chinese-lawfare-resource-disputes-and-the-law-of-the-sea/
30. https://money.cnn.com/interactive/media/the-macedonia-story/31. 31.https://www.rand.org/pubs/research_reports/RR2713.html?utm_campaign=&utm_content=1567618377&utm_medium=rand_social&utm_source=twitter
35.https://www.nextgov.com/podcasts/
36.https://press.princeton.edu/books/paperback/9780691134802/liberty-and-the-news
37.https://www.amazon.com/Public-Opinion-Walter-Lippmann/dp/1450533906?pldnSite=1 (Lippman, Walter. Opinião Pública. Petrópolis: Editora Vozes, 2010).
38.https://www.amazon.com/Origins-Totalitarianism-Hannah-Arendt/dp/0156701537
39. https://www.bartleby.com/209/633.html
41.https://hbr.org/2016/03/psychographics-are-just-as-important-for-marketers-as-demographics
42. https://www.vice.com/en_us/article/xyvwdk/meme-warfare
43.https://www.nytimes.com/2019/11/21/technology/LaCorte-edition-news.html
44.https://www.journals.uchicago.edu/doi/abs/10.1086/292435?journalCode=et&
46.https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=2594754
47.https://www.wired.com/story/the-man-who-saw-the-dangers-of-cambridge-analytica/
48.https://science.sciencemag.org/content/359/6380/1146
49.https://www.quantamagazine.org/the-evolutionary-argument-against-reality-20160421/
50.https://thestrategybridge.org/the-bridge/2019/11/18/a-war-by-other-means
51.https://www.theguardian.com/science/2019/jul/15/alan-turing-father-of-modern-computing-50-pound-note
53.https://brasilcloud.com.br/duvidas/e-latencia-em-redes/
55. Fragmento:“If you want a picture of the future, imagine a boot stamping on a human face forever”. Orwell, George. Nineteen Eighty-Four. London: Secker and Warburg, 1949.(Orwell, George, 1984. São Paulo: Cia. Das Letras, 2009)
56.https://www.wsj.com/articles/the-autocrats-new-tool-kit-11552662637
58.;https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/01495930802185312
60.https://www.wired.co.uk/article/estonia-e-resident
61.https://warontherocks.com/2018/01/estonias-approach-cyber-defense-feasible-united-states/
62. https://www.rand.org/pubs/research_reports/RR2477.html
63. https://www.intelligence.gov/
64. https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/00396330801899470 65.https://www.oxfordscholarship.com/view/10.1093/acprof:osobl/9780199596737.001.0001/acprof-9780199596737
66.https://www.wired.com/story/social-media-makes-us-soldiers-in-the-war-against-ourselves/
INFOGRÁFICO: MOVIMENTAÇÃO DA INTERNET NO MUNDO EM 2019.
Apresenta dados impressionantes – alguns assustadores – demonstrando as facilidades e vulnerabilidades do cotidiano atual, dependente em quase tudo dos recursos da informática. Os dados representam a movimentação na web em 60 segundos.