O governo uruguaio anunciou, em 18 de junho, o lançamento de um plano de ação contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo.
Entre seus objetivos, o plano se propõe a harmonizar a situação legal da política contra a lavagem de dinheiro, criar um sistema estratégico de informações sobre essa modalidade de crime, fortalecer o sistema de supervisão e aplicar medidas contra a lavagem nas empresas públicas e privadas.
Quanto à repressão penal, há planos de reforçar os mecanismos de investigações sobre patrimônios ilícitos, fortalecer os tribunais e promotorias especializadas, estabelecer um programa de proteção de testemunhas e vítimas e melhorar os procedimentos de cooperação judicial internacional.
O plano foi definido através do Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI) e contou com a assessoria técnica do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Chegam ao Banco Central do Uruguai (BCU) cerca de 200 relatórios anuais sobre situações de suspeita de lavagem de dinheiro, os quais são analisados e, se necessário, levados à justiça, informou o gerente da Unidade de Informações de Análises Financeiras do BCU, Daniel Espinosa.
Espinosa explicou que no Uruguai, como no resto do mundo, os setores mais afetados pela lavagem de dinheiro são o financeiro e o imobiliário e neles o governo se concentrará prioritariamente nos próximos anos.