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UE discute operação militar no Mediterrâneo para combater o tráfico de migrantes

Os ministros europeus das Relações Exteriores e da Defesa se reúnem nesta segunda-feira (18) em Bruxelas para discutir o lançamento da Navfor Med, uma operação naval no Mediterrâneo que tem o objetivo de combater o tráfico de migrantes. A missão ainda depende do aval da ONU para ser colocada em prática.

A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, defendeu a operação. "Logo que tomarmos uma decisão, a questão se tornará mais urgente e mais clara para o Conselho de Segurança da ONU", disse Mogherini antes do início da reunião na capital belga.

A missão vai utilizar navios de guerra e aviões militares para fazer a vigilância da costa da Líbia, local onde o tráfico de migrantes é mais intenso. O objetivo é capturar e destruir as embarcações que fazem a travessia ilegal do Mar Mediterrâneo e que levam, por ano, milhares de estrangeiros da África e do Oriente Médio para a Europa. Duas missões de rastreamento e salvamento que já existem, a Triton e a Poseidon, também serão reforçadas.

França, Reino Unido, Alemanha, Itália e Espanha já prometeram se engajar na Navfor Med fornecendo navios. A Polônia e a Eslovênia disseram que vão contribuir com aviões e helicópteros para a vigilância aérea.

ONU e ongs contra a missão

Mas, para ser colocada em prática, a operação precisará ainda do aval do Conselho de Segurança da ONU, que até então vinha se mostrando resistente à uma solução militar. Caso seja aprovada, a previsão é que ela seja iniciada em junho.

As ongs de defesa de direitos humanos criticam a missão, alegando que ela não resolverá o problema de tráfico de migrantes, mas dará margem para que os traficantes tracem outras rotas para atravessar o Mediterrâneo.

Cotas de imigrantes são rejeitadas

Acusados de passividade sobre a questão, os países do bloco se apressam para encontrar uma solução. Na semana passada, a Comissão Europeia propôs a criação de cotas por país para acolher 20 mil migrantes nos próximos dois anos. Mas, antes mesmo de ser formalmente apresentado, o projeto já foi rejeitado pelo Reino Unido e pela França.

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