A Coreia do Norte disse nesta terça-feira que irá abandonar o armistício assinado em 1953, que encerrou um conflito de três anos com a rival Coreia do Sul, caso o Sul e os EUA continuem com os exercícios militares anuais.
A ameaça foi atribuída pela agência de notícias KCNA ao porta-voz do Comando Supremo do Exército do Povo Coreano e eleva o nível da retórica belicosa do Norte, que enfrenta mais sanções internacionais depois de um teste nuclear no mês passado.
O país já alertou sobre a "destruição" do Sul, caso este continue com seus exercícios militares com os EUA.
As duas Coreias ainda estão tecnicamente em guerra, depois que a guerra civil de 1950 a 1953 terminou apenas com uma trégua, ao invés de um tratado de paz.
Coreia do Sul e EUA se preparam para manobras militares na Ásia*
Estados Unidos e Coreia do Sul realizarão durante dois meses as manobras militares anuais por terra, mar e ar, em um momento de tensão na península coreana. As manobras, chamadas "Foal Eagle", acontecerão entre 1 de março e 30 de abril. Os dois países também organizarão manobras simuladas por computador entre 11 e 21 de março.
A Coreia do Norte é contrária às manobras, que considera exercícios de treinamento para uma invasão do norte da península coreana. Washington e Seul afirmam que são apenas "manobras defensivas".
As manobras terão 10 mil soldados americanos e um número igual ou superior de soldados sul-coreanos. Os Estados Unidos têm presença militar na Coreia do Sul desde a guerra da Coreia (1950-1953). Atualmente, 28,5 mil soldados estão no país.
Desde 12 de dezembro, quando a Coreia do Norte lançou um foguete que parte da comunidade internacional considerou um teste nuclear camuflado, a Coreia do Sul executa exercícios militares.
com agência AFP