O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, afirmou neste domingo, em discurso transmitido pelo Dia da Nakba, que o "sangue derramado pela liberdade dos palestinos não será em vão".
"A vontade do povo é mais forte que o poder das forças opressivas", disse ao referir-se às pelo menos 15 pessoas que morreram neste domingo nos protestos do dia que lembra o exílio e a perda de terras pela criação em 1948 do Estado de Israel.
Além das mortes, 210 pessoas ficaram feridas, segundo a última apuração de vítimas, nas incontáveis manifestações que foram realizadas em Gaza, Cisjordânia, Síria e Líbano. O Exército israelense reprimiu os protestos a tiros quando os manifestantes, em sua maioria palestinos de campos de refugiados, se aproximaram da fronteira, que atacaram os soldados com pedras.
Em Gaza, uma pessoa morreu e 70 ficaram feridas, enquanto na Cisjordânia, 50 pessoas ficaram feridas, a maioria na passagem de Qalandia, entre Jerusalém e Ramala. Pelo menos outras 10 pessoas morreram e 112 sofreram ferimentos no sul do Líbano, e o resto – quatro mortes e cerca de 15 feridos – foi registrado na Síria.
Abbas destacou que a grande participação nos protestos demonstra "a determinação do povo palestino para conquistar a liberdade".