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Taiwan fortalecerá laços militares com os EUA

(AFP) Taiwan fortalecerá seus laços militares com os Estados Unidos para conter o “expansionismo autoritário”, anunciou a presidente Tsai Ing-wen nesta terça-feira (21), depois de se reunir com legisladores americanos em visita à ilha do sudeste asiático.

Esta estadia de cinco dias de membros do Congresso dos Estados Unidos ocorre após a chegada na sexta-feira ao território insular do secretário-adjunto da Defesa dos Estados Unidos, Michael Chase, segundo o jornal britânico Financial Times.

“Taiwan e os Estados Unidos continuarão fortalecendo os intercâmbios militares”, disse Tsai após receber os legisladores em seu escritório em Taipei.

“No futuro, Taiwan cooperará ainda mais ativamente com os Estados Unidos e outros parceiros democráticos para enfrentar os desafios globais, como o expansionismo autoritário e a mudança climática”, acrescentou.

Tsai não forneceu detalhes sobre o tipo de intercâmbio militar que pode ocorrer no futuro, mas disse que é hora de “explorar mais possibilidades de cooperação” entre a ilha e os Estados Unidos.

“Juntos podemos continuar protegendo os valores da democracia e da liberdade”, afirmou.

Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, acusou a liderança taiwanesa de “provocação”, alertando que “qualquer conspiração separatista inútil ou plano que se apoie nas forças estrangeiras para minar as relações entre os dois lados do Estreito será contraproducente e nunca será bem-sucedido”.

As autoridades taiwanesas “não podem mudar a inevitável tendência geral para a unificação chinesa”, disse Wang em sua coletiva de imprensa regular.

– Associação militar e de defesa –

A China estima que Taiwan, com 23 milhões de habitantes, seja uma de suas províncias, que não conseguiu reunificar com o restante de seu território desde o fim da guerra civil chinesa em 1949.

Pequim se opõe a qualquer contato oficial ou militar entre as autoridades da ilha e países estrangeiros.

No entanto, nos últimos anos, várias viagens oficiais de funcionários dos EUA atraíram a ira de Pequim.

As relações entre a China e os Estados Unidos se deterioraram depois que os Estados Unidos destruíram um balão chinês no início de fevereiro sobre o território americano, apresentado por Washington como um dispositivo de espionagem e por Pequim como um aeróstato civil.

Em Taipei, o representante da Califórnia, Ro Khanna, membro do novo comitê da Câmara sobre concorrência estratégica com o Partido Comunista da China, disse que o objetivo da visita era expandir a “defesa da parceria militar e de segurança” e consolidar os laços dos EUA com a ilha, líder no setor de semicondutores.

O parlamentar democrata disse que “apreciou particularmente” seu encontro com Morris Chang, fundador da Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), a maior fabricante de chips do mundo.

A indústria de semicondutores foi abalada por uma desaceleração da economia global, que reduziu a demanda, e por uma série de controles de exportação dos EUA para limitar a capacidade de Pequim de comprar e fabricar chips de última geração.

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