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Soldados russos são “espinha dorsal” dos rebeldes da Ucrânia, diz Otan

As forças russas ainda estão operando no leste da Ucrânia e são a espinha dorsal dos rebeldes separatistas que combatem o governo de Kiev, disse o principal comandante militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nesta quarta-feira depois de conversar com líderes ucranianos.

O general da Força Aérea dos Estados Unidos, Philip Breedlove, que visitou Kiev na condição de líder das forças de seu país na Europa, disse que a “militarização” russa da península da Crimeia, que a Rússia anexou da Ucrânia em março, significa que Moscou pode exercer influência sobre quase toda a região do mar Negro.

Breedlove se reuniu com o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, e outros da liderança pró-Ocidente para discutir maneiras de os EUA auxiliarem o potencial defensivo de Kiev no conflito com os rebeldes apoiados pela Rússia nos territórios do leste.

Indagado sobre uma avaliação da situação, Breedlove afirmou que os soldados russos no leste estão “treinando, equipando, fornecendo a espinha dorsal… ajudando as forças (separatistas) no local”.

A Rússia nega ter enviado tropas ou equipamento aos rebeldes, mas acusa Kiev de usar força indiscriminada contra civis em Donetsk e Luhansk, bastiões separatistas no leste ucraniano.

Breedlove declarou que as forças russas também estão ajudando os rebeldes a “entender o armamento avançado que está sendo levado”, referindo-se ao equipamento militar que Kiev e o Ocidente dizem estar sendo canalizado para Ucrânia a partir da Rússia.
 

Rússia promete apoiar presidente da Síria em combate ao "terrorismo"

A Rússia declarou nesta quarta-feira que irá apoiar o presidente da Síria, Bashar al-Assad, em sua luta contra o “terrorismo” no Oriente Médio, indicando que não haverá qualquer mudança de posição a respeito de um dos temas mais controversos do conflito sírio.

O presidente russo, Vladimir Putin, e o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, tiveram conversas com o ministro das Relações Exteriores de Assad, Walid al-Moualem, no Mar Negro, retomando uma iniciativa diplomática de Moscou para ressuscitar as conversas de paz na Síria.

“Compartilhamos a visão de que o fator principal instigando a situação no Oriente Médio é a ameaça terrorista”, disse Lavrov em uma coletiva de imprensa conjunta com Moualem. “A Rússia irá continuar a ajudar a Síria… a se contrapor a esta ameaça.”

A Rússia vem sendo um aliado internacional essencial para Assad no conflito, que está em seu quarto ano e que se deteriorou desde que o Estado Islâmico, uma dissidência da Al Qaeda, tomou vastas porções do território sírio.

A última rodada de conversas entre Damasco e a oposição desmoronou em fevereiro em função da discórdia a respeito do papel de Assad em qualquer transição resultante do conflito. Os principais opositores sírios estão exilados e seus apoiadores ocidentais e árabes querem a saída do presidente.

Mas Moscou afirma que os avanços dos radicais do Estado Islâmico fazem com que o “terrorismo” permaneça como prioridade para todas as forças “saudáveis” agora, e que isso não é possível sem cooperar com Assad.

Lavrov criticou os Estados Unidos por se recusarem a fazê-lo.

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