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Síria rejeita interferência interna e fala em ação da Al-Qaeda

A Síria, que enfrenta uma onda de protestos violentamente reprimidos pelo regime do presidente Bashar al-Assad, rejeita qualquer interferência em seus assuntos internos, declarou nesta quarta-feira o ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Muallem.

"Rejeitamos qualquer interferência estrangeira. Nós podemos chegar a pontos em comum, apesar das diferenças de pontos de vista. Ninguém do exterior deve nos impor seu ponto de vista", declarou o chanceler sírio em uma entrevista coletiva em Damasco.

A Síria considera as sanções da União Europeia (UE) uma "guerra", destacou o ministro das Relações Exteriores, que indicou que o país examia a possibilidade de suspender sua participação na União pelo Mediterrâneo.

Além disso, Muallem destacou que a Síria deseja as melhores relações com a Turquia e espera que o governo de Ancara "reexamine sua posição" a respeito do regime do presidente Bashar al-Assad. "Estamos voltados para as melhores relações com quem compartilhamos mais de 850 km de fronteira", disse o ministro sírio.

"Não queremos destruir os anos de esforços dedicados a estabelecer relações privilegiadas. Desejo que reexaminem sua posição", completou Muallem. O chanceler sírio também aproveitou a entrevista para negar que o Irã e o Hezbollah libanês tenham participação na repressão das manifestações na Síria.

Al-Qaeda
Muallem afirmou também que as mortes de alguns membros das forças de segurança indicam que o grupo militante Al-Qaeda pode estar por trás da violência no país. "Não posso esconder o fato de que algumas das práticas que vimos nos assassinatos de pessoal de segurança dão a indicação de que esses atos foram promovidos pela Al-Qaeda", disse.

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