LISANDRA PARAGUASSU
Brasil tende a não apoiar a entrada da Síria no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas por conta da repressão às manifestações contra o presidente Bashar Assad. A votação que decidirá o ingresso da Síria no Conselho está marcada para 20 de maio e o regime de Assad busca votos especialmente entre os países sul-americanos.
A questão foi discutida ainda no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas não houve decisão. Houve apenas, apurou hoje a reportagem, "uma promessa de apoio futuro". Fontes no Itamaraty confirmaram que o governo está discutindo o assunto para "evitar uma saia-justa", e dentro de um novo parâmetro.
A decisão brasileira sobre a Síria ainda não foi tomada porque, disse hoje o ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, "ainda há muito tempo para se analisar a situação".
O Itamaraty precisa consultar a presidente Dilma Rousseff e a ordem, afirmou o chanceler em audiência pública no Senado, é "liderar pelo exemplo" nas áreas de direitos humanos, questões de gênero, combate à pobreza e promoção da igualdade. A intenção é de ouvir também a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário.