Claudia Sánchez-Bustamante
Quase três anos após ter mudado a sua doutrina e adotado uma lei para unir as suas forças sob um comando conjunto, Chile já está dando os passos necessários para adaptar-se a esta postura. Para atingir este objetivo, chegou a Miami, Flórida, um comitê de 18 membros das Forças Armadas chilenas, da Força Aérea, da Marinha, do Exército, dos Fuzileiros Navais e Comandos Conjuntos do Norte e do Sul, para um Intercâmbio de Especialistas em Assuntos Específicos (SMEE, por sua sigla em inglês) com as divisões de Operações de Informações (IO) do Comando Sul dos EUA e do Comando de Operações Especiais do Sul dos EUA (SOCSOUTH), que se realiza de 3 a 7 de dezembro.
Durante os seus comentários de abertura, o Brigadeiro da Força Aérea do Chile, Jorge D. Robles Mella, ressaltou o fato de o Chile ter trazido dois representantes de cada serviço e comando, porque eles consideram da mais alta importância intercambiar informações com os Estados Unidos e aprender mutuamente, especialmente depois de já terem sido efetuados outros quatro exercícios e eventos conjuntos entre Chile e EUA, no decorrer de 2012.
“Nós entendemos que temos muito que aprender uns dos outros… o nosso interesse em [Operações de Informações] vem do fato de ser este um tópico razoavelmente novo; se ele é novo para vocês, para nós ainda está nascendo”, disse o Brig Robles. “As IO têm sido tradicionalmente baseadas nas decisões tomadas pelos nossos comandantes e nós queremos consolidar este princípio em todos os nossos serviços. Por esta razão, esperamos que o nosso comitê atual tenha a capacidade de transmitir para os seus comandantes o que nós aprendamos nesta semana,” ele acrescentou.
Por outro lado, o Coronel do Exército dos EUA James Miller, diretor de Operações de Informações do SOCSOUTH, afirmou que “as Operações de Informações são uma ferramenta mais poderosa e mais cinética do que jogar uma bomba ou uma série de bombas.” O Cel Miller explicou que as IO têm uma repercussão mais ampla através de uma série de impactos de períodos muito curtos; “elas têm o potencial de causar uma resposta maior do público, bem como uma reação mais significativa tanto dentro das fronteiras do país, como fora delas.”
O intercâmbio produziu uma informação extensiva quanto às experiências dos EUA nos esforços de planejamento e sincronização para os seus homólogos chilenos. Representantes das divisões de Operações de Informações, Comunicações Estratégicas e Assuntos Públicos de SOCSOUTH e SOUTHCOM, bem como do Exército do Sul dos EUA, ofereceram explicações detalhadas sobre os rápidos esforços de coordenação tática, operacional e política que um país e, especificamente, o comando conjunto militar de um país, como o que o Chile está em processo de edificar, deve fazer e que também seja feito todo o possível para que todos os serviços e departamentos alcancem um mesmo objetivo.