Os exércitos de Coréia do Sul e Estados Unidos finalizam nesta segunda-feira manobras navais de três dias contra ataques submarinos como resposta ao recente lançamento pela Coréia do Norte de um foguete, considerado um teste de mísseis.
O exercício, que acontece em águas sul-coreanas desde sábado, é orientado a reforçar a preparação dos aliados perante um hipotético ataque com submarinos do regime de Kim Jong-un, segundo informou a Força Naval sul-coreana em comunicado.
As forças de Seul e Washington realizaram um simulacro de perseguição submarina e um treinamento de combate real, nos quais "aumentaram sua capacidade para detectar, distinguir, rastrear e atacar submarinos do inimigo", segundo o comunicado.
As manobras contam com a participação do submarino de propulsão nuclear americano de 7.800 toneladas USS North Carolina e o submarino Kim Jwa-jin de 1.800 toneladas da Coreia do Sul. Após estas manobras, as forças navais de ambos os países realizarão na quarta-feira outro exercício, neste caso focado na detecção de submarinos, no qual participarão aviões de vigilância.
Líder norte-coreano defende lançamento de mais satélites¹
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un, desafiou novamente a comunidade internacional, ao convocar seus cientistas a lançar outros satélites, uma semana depois do controverso disparo de um foguete.
Durante um banquete organizado para felicitar os pesquisadores, técnicos e responsáveis do programa espacial norte-coreano pelo lançamento de 7 de fevereiro, Kim indicou que esta missão ocorreu "em um período complexo" no qual as forças hostis buscam estrangular o Norte, informou nesta segunda-feira a agência oficial KCNA.
Um mês depois de realizar seu quarto teste nuclear, condenado de forma unânime pela comunidade internacional, a Coreia do Norte foi novamente alvo das críticas internacionais por ter lançado o satélite Kwangmyongsong-4. Este disparo, considerado um teste de míssil balístico, viola múltiplas resoluções das Nações Unidas.
O líder norte-coreano afirmou que o êxito deste lançamento havia sido possível graças à confiança absoluta da equipe do partido governante e acrescentou que o suor dos cientistas foi o principal combustível do foguete. Kim encorajou os funcionários do programa espacial norte-coreano a utilizar este êxito como um trampolim "para objetivos mais elevados e para lançar, assim, mais satélites".
O foguete lançado em 7 de fevereiro por Pyongyang conseguiu colocar um objeto em órbita, segundo um responsável sul-coreano da Defesa. Até o momento, não ficou confirmado que se trate de um satélite em funcionamento.
Washington, Seul e Tóquio buscam que o Conselho de Segurança endureça as sanções contra Pyongyang.
¹com AFP