A Coreia do Sul anunciou nesta quinta-feira que havia mobilizado um novo míssil de cruzeiro suficientemente preciso para poder atacar diretamente membros do comando militar norte-coreano, dois dias após o terceiro teste nuclear da Coreia do Norte.
O ministério da Defesa sul-coreano apresentou à imprensa imagens deste míssil que foi mobilizado recentemente, e que pode ser disparado a partir de um barco de guerra ou de um submarino.
"O míssil de cruzeiro apresentado hoje (quinta-feira) é uma arma guiada de precisão que pode identificar e atacar a janela do gabinete de comando do quartel-general do Norte", indicou à imprensa Kim Min-Seok, porta-voz do ministério.
Seul havia anunciado na quarta-feira que reforçará seu sistema de mísseis balísticos, dotando-os de um alcance suficiente para cobrir toda a Coreia do Norte.
Em outubro do ano passado, a Coreia do Sul fez um acordo com os Estados Unidos para quase triplicar o alcance de seus sistemas de mísseis e melhorar assim seu dispositivo, em resposta aos programas de mísseis e nuclear da Coreia do Norte.
Os Estados Unidos têm 28.500 homens mobilizados na Coreia do Sul, onde asseguram um "guarda-chuva" em caso de ataque nuclear. Em troca desta proteção, a Coreia do Sul aceita limitar seu sistema de mísseis.
Antes do acordo de outubro, a capacidade da Coreia do Sul estava limitada a mísseis de até 300 km de alcance.
A nova extensão não apenas coloca a Coreia do Norte ao alcance dos mísseis do Sul, mas também partes de China e Japão.
Alguns especialistas consideram que inclusive dotará a Coreia do Sul da capacidade de lançar ataques preventivos contra instalações nucleares norte-coreanas.
Após o teste nuclear da Coreia do Norte realizado na terça-feira, o chefe da agência sul-coreana de inteligência advertiu que Pyongyang pode realizar outro teste nuclear ou lançar um novo foguete nos próximos dias ou semanas.