O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, recordou na quarta-feira em Washington o apoio da organização aos Estados Unidos após os atentados de 11 de setembro, uma resposta discreta às críticas de Donald Trump à Aliança Atlântica.
"A primeira e única vez que se invocou a cláusula de segurança coletiva (da Otan) foi após os ataques de 11 de setembro de 2001, em apoio aos Estados Unidos", recordou Stoltenberg.
"É um exemplo de como os europeus se mobilizam pelos Estados Unidos quando é necessário", destacou.
A Otan se envolveu depois com os Estados Unidos no Afeganistão para perseguir a Al-Qaeda.
"Mais de 1.000 soldados europeus e canadenses perderam a vida neste país", disse.
O pré-candidato republicano à eleição presidencial de novembro Donald Trump multiplicou nas últimas semanas as críticas à Otan, organização que considera "obsoleta" e financiada em excesso pelos Estados Unidos.
Seu principal rival nas primárias republicanas, Ted Cruz, não se uniu às críticas.
O presidente Barack Obama, no entanto, destacou na segunda-feira que a Otan continua sendo um "pilar, uma pedra angular" da política de defesa dos Estados Unidos.
Os europeus sabem que devem aumentar seus gastos militares e depender menos dos Estados Unidos, acrescentou Stoltenberg, antes de destacar que por este motivo "os 28 membros da Otan concordaram em 2014 em melhorar os investimentos na área de defesa".