O secretário americano de Estado, John Kerry, viajará a Genebra nesta sexta-feira para participar das negociações sobre o programa nuclear iraniano, informou um funcionário dos Estados Unidos.
Kerry irá à cidade suíça "em um esforço para ajudar a reduzir as divergências nas negociações" e após o convite da responsável de política externa da União Europeia, Catherine Ashton, que preside as tratativas, revelou o funcionário, que pediu para não ser identificado.
O chefe da diplomacia americana está atualmente no Oriente Médio, onde na quarta-feira visitou Jerusalém e na quinta, Amã.
O ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, e Ashton iniciaram nesta quinta-feira, em Genebra, negociações qualificadas de "muito difíceis" sobre o futuro do polêmico programa nuclear iraniano.
Teerã propôs dar garantias sobre seu programa nuclear em troca do relaxamento de algumas sanções econômicas e considerou "possível" obter um acordo esta semana.
Antes de chegar a Genebra, Kerry irá a Tel Aviv para se reunir novamente com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que considera que a adoção da proposta iraniana discutida em Genebra seria um "erro histórico".
"Esta proposta permite ao Irã conservar sua capacidade de fabricar armas nucleares (…) e deve ser rejeitada de forma imediata", advertiu Netanyahu.
Israel diz que aceitar proposta nuclear do Irã será 'um erro histórico'
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira que aceitar a proposta sobre o programa nuclear iraniano apresentada por Teerã às grandes potências será um erro histórico.
"Esta proposta permite ao Irã conservar a capacidade de fabricar armas nucleares", afirmou Netanyahu.
"Creio que aceitar isso é um erro de magnitude histórica. É preciso rejeitar de imediato", acrescentou, reafirmando que "Israel continuando ser reservando o direito de se defender, por seus próprios meios, contra qualquer qualquer ameaça".
As negociações sobre o programa nuclear iraniano foram retomadas nesta quinta-feira em Genebra, onde as conversações devem durar dois dias, com a esperança de alcançar um primeiro acordo.
Os negociadores do Irã e o grupo 5+1 (China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha) se reúnem para tentar superar quase de 10 anos de divergências sobre o programa, que segundo os ocidentais busca produzir a bomba atômica, o que Teerã nega com veemência.