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Sarkozy: não haverá intervenção na Síria sem resolução da ONU

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, advertiu nesta terça-feira, em Roma, que não haverá intervenção na Síria sem uma resolução do Conselho de Segurança da ONU.

"Não há razão alguma de agir sem uma resolução do Conselho de Segurança da ONU", assegurou Sarkozy durante uma coletiva de imprensa realizada ao término e uma reunião com o chefe de governo italiano Silvio Berlusconi.

"A situação é inaceitável. Não se enviam tanques, exército contra manifestantes, a brutalidade é inaceitável", comentou o dirigente francês. "Apoiamos as aspirações de liberdade dos povos árabes", acrescentou.

Os governantes da Itália e a França manifestaram sua preocupação com a situação na Síria, e pediram ao presidente desse país que "cesse a violenta repressão", conforme enfatizou Berlusconi.

Mais cedo, a porta-voz adjunta do ministério francês das Relações Exteriores, Christine Fages, afirmou que a França demandou "medidas fortes" nesta terça-feira à União Europeia (UE) e à Organização das Nações Unidas (ONU) para que "cesse o uso da força contra a população" na Síria, onde os "responsáveis" pela repressão dos últimos dias "deverão responder por seus atos".

"No Conselho de Segurança da ONU e na UE, a França está pedindo a adoção de medidas fortes para que cesse o uso da força contra a população síria", afirmou.

Pelo menos 25 pessoas morreram na segunda-feira vítimas da repressão aos protestos na cidade de Deraa, 100 km ao sul de Damasco, onde mais de 3 mil soldados apoiados por blindados e tanques foram mobilizados na manhã desta terça, segundo ativistas dos direitos humanos.

"Os responsáveis pelos crimes dos últimos dias devem responder por seus atos", afirmou Fages, reiterando a "mais firme condenação" francesa à "escalada da repressão contra a população por parte das autoridades sírias".

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