A Rússia está modernizando seus sistema de mísseis S-300 para suprir o Irã, disse um assessor do presidente russo, Vladimir Putin, nesta quinta-feira, segundo relatou a agência de notícias RIA.
“(O sistema) foi parcialmente atualizado, elementos separados ainda estão sendo atualizados”, afirmou Vladimir Kozhin, conselheiro presidencial sobre temas militares, referindo-se ao sistema S-300. “Será esse mesmo complexo S-300 que o Irã queria receber.”
A Rússia afirma ter cancelado um contrato de fornecimento do avançado sistema de mísseis a Teerã em 2010 por pressão do Ocidente. Mas Putin suspendeu a proibição auto-imposta em abril, na esteira do acordo nuclear provisório entre o Irã e seis potências mundiais.
Moscou espera colher benefícios econômicos e comerciais agora que um tratado nuclear mais abrangente entre o Irã e as potências foi alcançado, o que permitirá um alívio nas sanções aos iranianos.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, expressou a “consternação” de Israel com a decisão russa de oferecer os S-300s ao Irã.
EUA impõem novas sanções relacionadas ao conflito entre Rússia e Ucrânia
Os Estados Unidos impuseram novas sanções relacionadas à questão Rússia-Ucrânia, colocando associados de um bilionário russo do setor de gás, operadores portuários da Crimeia e ex-autoridades ucranianas à sua lista de punições em resposta à ação de Moscou na Ucrânia.
O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac, na sigla em inglês) do Departamento do Tesouro dos EUA impôs medidas contra oito entidades e pessoas as quais disse estarem fornecendo apoio a Gennady Timchenko, um proeminente trader de gás que já havia sido sancionado.
Também buscou medidas contra duas entidades acusadas de fornecer apoio a Boris Rotenberg, um empresário russo e aliado do presidente Vladimir Putin.
As medidas tentam fazer a Rússia cumprir com compromissos de paz assinados neste ano em Minsk que encerrariam os combates no leste da Ucrânia, onde separatistas pró-Moscou lutam contra forças ucranianas.
“As ações de hoje mostram nossa determinação em manter a pressão sobre a Rússia por violar a lei internacional e fomentar o conflito no leste da Ucrânia”, disse o diretor em exercício da Ofac, John Smith, em comunicado.