Tradução, adaptação e edição – Nicholle Murmel
Texto original da AFP
No último sábado (06SET14), a Rússia enviou seis navios com pessoal e equipamentos para uma antiga base da éra soviética no Ártico. As instalações serão reabertas como parte do esforço russo de reforçar sua presença na região. Moscou estão aumentando o contingente militar na área repleta de poços de petróleo e gás ainda inexplorados. Outros países como Estados Unidos, Canadá e Noruega também reivindicam acesso a esses combustíveis.
O presidente russo Vladimir Putin decretou no ano passado o retorno dos militares a uma nas Ilhas da Nova Sibéria – o local estava abandonado desde 1983. Segundo declarações de um porta-voz do Distrito Militar do Oeste à agência de notícias ITAR-Tass, no último sábado, uma frota de seis embarcações, incluíndo dis navios de desembarque de grande porte, suspenderam do porto de Severomorsk, no norte da Rússia. A frota será acompanhada de vários navios quebra-gelo.
“A principal função dessa expedião mais recente, empreendida pela Frota do Norte até o Ártico, é levar pessoal, equipamento e suprimentos para a forta-tarefa que, a partir deste ano, servirá nas ilhas neo-siberianas permanentemente”, declarou o comandante da Frota do Norte, Almirante Vladimir Korolyov.
Em setembro do ano passado, dez navios da Marinha russa foram às ilhas na Sibéria levando o primeiro lote de equipmanetos e suprimentos para reconstruir a base no arquiélago onde as temperaturas podem cair para até -50°C.
Nota Defesanet:
A região do Ártico vem se tornando palco de disputas entre Rússia, Estados Unidos, Canadá e Noruega. O principal alvo são as reservas de petróleo e gás ainda inexploradas no solo marítimo. Por conta das alterações climáticas, houve derretimento permanente do gelo na região do polo, permitindo acesso às futuras empreitadas de prospecção e exploração de combustíveis fósseis na área.
Outra controvérsia envolve o controle das rotas marítimas que passam pelo Ártico, que despertam interesse até mesmo da China. Apesar das condições climáticas extremas, a chamada Rota Marítima do Norte é o trajeto mais curto entre a Europa e a Ásia, representando até 10 mil quilômetros a menos de viagem para navios mercantes, em comparação às rotas que atualmente passam pelo Mediterrâneo, pelo Canal de Suez, e o Golfo de Aden, no leste da África, onde navios comerciais correm o risco de serem pilhados por piratas da região do Chifre da África, composta de países em extrema miséria e com economia e agricultura quase que inviabilizadas pelas secas.