Os governos da Rússia e da China rebateram nesta segunda-feira as críticas recebidas a respeito de suas posições sobre a Síria. O primeiro-ministro e candidato à presidência da Rússia, Vladimir Putin, criticou o que chamou de atitude "cínica" do Ocidente a respeito da Síria e também advertiu para o risco de um ataque militar ao Irã.
Putin defendeu o veto russo e chinês no Conselho de Segurança da ONU a uma resolução apresentada pelos países ocidentais e árabes de condenação da repressão na Síria, aliada de Moscou.
"Os ocidentais não têm paciência para elaborar uma aproximação equilibrada a respeito da Síria no Conselho de Segurança", afirma Putin em um artigo publicado no jornal Moskovskie Novosti.
De acordo com Putin, bastaria à comunidade internacional pedir à oposição armada que se retirasse das cidades. Para ele, "negar-se a fazer isto é cinismo". Putin também se pronunciou contra um eventual ataque militar contra o Irã.
O governo da China manifestou irritação com as declarações da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, sobre a necessidade da comunidade internacional pressionar Pequim e Moscou para uma mudança de posição a respeito da Síria.
"Não podemos aceitar isto. O mundo exterior não deve impor seu plano de solução da crise ao povo sírio", afirmou o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Hong Lei.