A Rússia adotará contra-medidas se os Estados Unidos impuserem novas sanções contra Moscou por conta da crise na Ucrânia, disse o vice-ministro russo do Exterior, Sergei Ryabkov, neste sábado.
O Congresso dos EUA preparou novas sanções contra fabricantes de armas russas e investidores em projetos de alta tecnologia no setor petrolífero do país, mas o presidente norte-americano, Barack Obama, ainda precisa sancionar as medidas.
"Não poderemos deixar isso sem resposta", disse Ryabkov segundo a agência de notícias Interfax. Ele não especificou quais contra-medidas seriam adotadas.
As relações entre EUA e Rússia vivem seu pior momento desde a Guerra Fria por conta da anexação da Crimea pela Rússia em março e pelo apoio do país aos rebeldes no leste da Ucrânia.
O Ocidente diz ter evidências claras de que a Rússia armou os rebeldes –acusação que Moscou nega– e juntamente com a União Europeia impôs várias rodadas de sanções econômicas contra indivíduos e grandes empresas russas.
A Rússia respondeu às primeiras sanções restringindo importações de alimentos de vários países ocidentais.
Chanceler russo diz que é preciso realizar logo conversa de paz na Ucrânia
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, reiterou nesta sexta-feira o pedido de Moscou por uma nova reunião, o quanto antes possível, para debater o fim do conflito no leste da Ucrânia, disse a agência de notícias Tass.
"Surgiu uma chance para se estabelecer a paz na Ucrânia. Com dificuldades, mas um cessar-fogo, uma trégua, foi estabelecida", disse o chanceler, segundo a Tass, em encontro com especialistas em política externa.
"Há uma base construtiva para se construir sobre ela… a restauração econômica de Donbass (região leste da Ucrânia), estabelecer um diálogo político que pode até levar a uma reforma constitucional."