A representante especial do secretário-geral da ONU para crianças em conflitos armados, Leila Zerrougui, apresentou ao Conselho de Segurança da ONU nesta segunda-feira (17) o 12º relatório anual da Organização sobre o assunto.
“A ausência de linhas de frente claras, adversários identificáveis e o aumento do uso de táticas de terror têm deixado as crianças mais vulneráveis”, afirma Zerrougui.
O relatório analisa as situações em 21 países, bem como o conflito regional envolvendo o Exército de Resistência do Senhor (LRA), cujas atividades impactam crianças na República Democrática do Congo (RDC), na República Centro-Africano (RCA) e no Sudão do Sul.
O relatório também “expõe e envergonha” grupos que participam do recrutamento e uso de crianças, violência sexual contra as crianças, morte e mutilação de crianças em violação do direito internacional, ataques recorrentes em escolas e hospitais e ataques recorrentes ou ameaças de ataque contra funcionários protegidos.
“É crucial garantir que nenhuma criança seja integrada nas forças armadas regulares ou esquecida no processo de reintegração e que a medida para impedir o recrutamento de crianças seja colocada em prática”, disse Zerrougui.
O Conselho de Segurança da ONU ressaltou o seu compromisso para lidar efetivamente com os perpetradores e saudou a consideração contínua do seu Grupo de Trabalho sobre Crianças e Conflitos Armados “para aumentar a pressão sobre os perpetradores persistentes de violações e abusos cometidos contra crianças em situações de conflito armado”.
Fonte: ONU