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Reino Unido rejeita carta de Kirchner sobre Malvinas

A carta foi publicada nesta quinta-feira como anúncio publicitário no jornal britânico The Guardian.

Na carta, dirigida ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, e copiada para o secretário-geral da ONU, Ban ki-Moon, Kirchner pede que as autoridades britânicas acatem uma resolução de 1965 da ONU pedindo uma revisão do status das ilhas, que a Grã-Bretanha vê como parte de seu território ultramarino.

A presidente atribui na carta o controle de Londres sobre as ilhas ao colonialismo britânico do século 19.

"Os argentinos das ilhas foram expulsos pela Marinha Real (britânica), e o Reino Unido subsequentemente iniciou um processo de assentamento populacional similar ao adotado em outros territórios sob domínio colonial", disse Kirchner.

"Desde então, a Grã-Bretanha, a potência colonial, tem se recusado a devolver os territórios à República Argentina, impedindo a restauração de sua integridade territorial."

Autodeterminação

Em resposta, o governo britânico, que chama o arquipélago de Falklands, alegou que não haverá negociações sobre a soberania das ilhas enquanto a população local desejar permanecer ligada à Grã-Bretanha.

"Eles (os moradores do arquipélago) permanecem livres para escolher seu próprio futuro, tanto politicamente quanto economicamente, e têm o direito à autodeterminação conforme o estabelecido pela Carta da ONU", disse uma porta-voz do Ministério do Exterior britânico, se referindo ao documento de fundação das Nações Unidas.

"Há três lados neste debate, não apenas dois como a Argentina gosta de insinuar", continua a carta. "Os moradores da ilha não podem ser simplesmente apagados da história."

Os dois países travaram uma guerra em 1982 pelo controle das ilhas.

Um plebiscito sobre o status político das Malvinas deve ser realizado no arquipélago no próximo mês de março.

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