Após capacetes azuis terem sido feitos prisioneiros no lado sírio das Colinas de Golã, soldados da tropa de observação da ONU foram atacados por rebeldes sírios. Negociação continua para libertação de homens capturados.
Após a captura de 44 soldados da ONU nas Colinas de Golã, capacetes azuis das Filipinas travaram combates com rebeldes sírios. O ministro da Defesa filipino, Voltaire Gazminin, declarou neste sábado (30/08) em Manila que um posto das Nações Unidas foi atacado e que houve lutas. Outro posto pôde ser esvaziado, disse o ministro.
Para defender dois postos sitiados na zona controlada pela ONU entre Israel e Síria, mais de 70 capacetes azuis filipinos, fortemente armados, enfrentaram rebeldes sírios nesta sexta-feira. Acredita-se que os rebeldes pertencem à Frente al-Nusra, ligada à Al Qaeda.
Os dois postos nas Colinas de Golã foram cercados após os soldados filipinos terem se recusado a entregar suas armas. De acordo com as Forças Armadas das Filipinas, os rebeldes da Al-Nusra se dirigiram aos dois campos filipinos, propondo trocar por armas os soldados da ONU feitos como reféns.
Negociações prosseguem
Na última quinta-feira, 44 capacetes azuis das Ilhas Fiji foram feitos prisioneiros no lado sírio das Colinas de Golã. Os soldados pertencem à Força das Nações Unidas de Observação da Separação (Undof, na sigla em inglês), que controla a trégua estabelecida em 1974 entre a Síria e Israel.
Israel ocupou as Colinas de Golã em 1967, anexando-as em 1981, fato que não é reconhecido internacionalmente. Uma parte das colinas continuou sob controle sírio.
De acordo com informações das Nações Unidas, os soldados estão bem e as negociações para a sua libertação prosseguem. Pertencem à missão Undof por volta de 1.220 soldados provenientes de seis países – Índia, Irlanda, Nepal, Holanda, Filipinas e Ilhas Fiji.
Depois de, no ano passado, soldados filipinos já terem sido sequestrados e, posteriormente, libertados pelos rebeldes, as Filipinas cogitaram um fim de sua participação na Undof. Apenas há poucos dias, foi decidido que a participação filipina não será prorrogada após a volta dos soldados em outubro. Agora, Manila cogita retirar mais cedo os seus soldados da missão da ONU.