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Raúl Castro se diz preocupado com atividade “ilegal” em missão dos EUA em Cuba

Daniel Trotta


O presidente cubano, Raúl Castro, disse nesta terça-feira que se preocupa com o treinamento "ilegal" para dissidentes na missão diplomática dos Estados Unidos em Havana, uma questão abordada com o presidente dos EUA, Barack Obama, nas conversas sobre a restauração dos laços diplomáticos.

Cuba e Estados Unidos estão trabalhando para restaurar as relações diplomáticas, que foram rompidas em 1961, mas várias diferenças ainda precisam ser resolvidas, incluindo um pedido dos EUA pela liberdade de movimentação de seus diplomatas em Cuba.

Raúl conversou com Obama no mês passado em uma cúpula continental no Panamá, no primeiro encontro entre os líderes dos dois países em quase 60 anos.

"O que eu disse a eles (EUA), concretamente ao presidente, o que mais me preocupa é que eles continuam fazendo coisas ilegais… por exemplo, graduando jornalistas independentes", disse Raúl a repórteres no aeroporto internacional de Havana na cerimônia de despedida do presidente francês, François Hollande, após visita oficial.

"Eles dão não sei quantas aulas para eles, por telas, em teleconferência dos Estados Unidos. Não sei se eles entregam um diploma e, é claro, eles fazem o pagamento mensal correspondente", acrescentou Raúl.

As embaixadas existentes atualmente em Havana e Washington foram rebaixadas para seções de interesse e serão novamente certificadas como embaixadas, quando os laços diplomáticos forem restabelecidos.

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