A Coreia do Norte rejeitou a condenação do Conselho de Segurança da ONU a seu recente lançamento de um foguete e também anunciou oficialmente a ruptura do acordo assinado em fevereiro com os Estados Unidos.
"Rejeitamos taxativamente o proceder injusto do Conselho de Segurança da ONU, que tenta pisotear o legítimo direito da República Popular Democrática da Coreia a lançar satélites", reza o comunicado da Chancelaria norte-coreana divulgado pela agência estatal KCNA.
O documento, que defende as intenções pacíficas do lançamento do foguete (pôr em órbita um satélite de observação terrestre, segundo o regime comunista), denuncia o abuso de poder dos EUA como membro permanente do Conselho de Segurança.
A Coreia do Norte acusa o Conselho de violar "o direito do Estado soberano ao lançamento de satélites com fins pacíficos" mediante a declaração de condenação emitida na segunda-feira pelo organismo internacional, que ainda reforçará as sanções que atualmente impõe ao país comunista.
Além disso, o regime de Kim Jong-un decreta cancelado o acordo – que já fora declarado nulo na semana passada – assinado em fevereiro com os EUA, pelo qual se comprometia a uma moratória em seu programa nuclear e de mísseis para receber de Washington 240 mil toneladas de ajuda alimentícia. Em todo caso, os EUA já haviam rompido o acordo quando Pyongyang produziu seu fracassado lançamento, na última sexta-feira.
Pyongyang insiste que o regime manterá seu programa espacial, o qual constitui "um direito independente que está acima da resolução do Conselho de Segurança da ONU", diz o texto.
Segundo insiste o regime no documento, os EUA boicotam suas iniciativas espaciais em favor dos "interesses dos países que tentam monopolizar tecnologias sofisticadas como a de lançamento de satélites".