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Putin pede ao Senado que autorize exército russo na Ucrânia

O presidente russo, Vladimir Putin, pediu neste sábado que o Conselho da Federação (câmara alta do parlamento) aprove o envio do exército russo à Ucrânia até a normalização da situação no país vizinho.

"Devido à situação extraordinária na Ucrânia, e da ameaça que paira sobre a vida dos cidadãos russos, nossos compatriotas, das forças armadas russas que estão na Ucrânia", Putin pediu ao Senado que autorize "o recurso às forças armadas russas no território da Ucrânia, até a normalização da situação política no país", informou um comunicado emitido pela assessoria de imprensa do Kremlin.

A linguagem utilizada por Moscou lembra os tempos da Guerra Fria, quando a União Soviética sentiu que seus Estados aliados na Europa Oriental estavam ameaçados por intrigas do Ocidente, algo que o Kremlin citou nas últimas semanas como um fator na crise.

O Parlamento da Rússia, insultando claramente o alerta do presidente norte-americano, Barack Obama, contra uma intervenção russa, havia pressionado o presidente russo, Vladimir Putin, a "tomar medidas para estabilizar a situação na Crimeia e usar todos os meios disponíveis para proteger a população da Crimeia contra a tirania e a violência".

Rússia e Ucrânia disputam região da Crimeia
Depois da derrubada do então presidente ucraniano Viktor Yanukovich, no fim de semana passado, a Crimeia rapidamente se tornou o foco de uma crise com grande perigo para toda a região. Para muitos russos, a Crimeia e sua "Cidade Heroica" de Sebastopol, da era soviética, sitiada pelos invasores nazistas, têm uma ressonância emocional muito forte.

Para a Ucrânia, independente da Rússia desde o colapso da União Soviética em 1991 e que já enfrenta uma crise econômica, sua perda seria um enorme golpe.

 

Com informações da Reuters.

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