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Putin diz aceitar que EUA são única superpotência mundial

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta sexta-feira aceitar que os Estados Unidos provavelmente são a única superpotência do mundo e que está preparado para trabalhar com quem quer que esteja na Presidência dos EUA, mas ressaltou que não quer ser orientado pelos norte-americanos como deve viver.

Os comentários de Putin foram feitos após um período difícil nas relações EUA-Rússia, que têm sido prejudicadas por divergências sobre questões como a Ucrânia e a Síria.

Putin reiterou críticas ao que ele diz ter sido um papel equivocado dos Estados Unidos nos assuntos da Ucrânia, e diz que se opõe ao que considera ser uma tentativa dos EUA de impedir a Rússia de reparar suas relações com a União Europeia.

Mas ele também teve algumas palavras positivas sobre os antigos adversários da Guerra Fria.

"A América é uma grande potência. Hoje, provavelmente, a única superpotência. Nós aceitamos isso", disse Putin no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo. "Queremos e estamos prontos para trabalhar com os Estados Unidos".

Síria – Dezenas de diplomatas dos EUA pedem ataques militares contra o presidente Bashar al-Assad

Mais de 50 diplomatas do Departamento de Estado norte-americano assinaram um memorando interno com críticas severas à política dos EUA para a Síria, pedindo ataques militares contra o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, para deter suas violações persistentes do cessar-fogo da guerra civil.

O "memorando do canal de dissidência" foi assinado por 51 funcionários de médio para alto escalão do departamento envolvidos no aconselhamento para as decisões relativas à Síria.

O comunicado interno pede "ataques militares calculados" contra o governo de Damasco à luz do quase colapso da trégua mediada no início deste ano, segundo o jornal Wall Street Journal, que citou cópias do documento às quais teve acesso.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse nesta sexta-feira que o memorando é uma "declaração importante" que irá discutir quando voltar a Washington.

"É uma declaração importante e respeito muito o processo. Terei… a oportunidade de me encontrar com as pessoas quando voltar", afirmou Kerry à Reuters durante uma visita a Copenhague. Ele disse não ter visto o comunicado.

Ataques militares contra o governo de Assad representariam uma grande mudança na política já antiga do governo Obama de não intervir diretamente no conflito sírio, embora tenha clamado por uma transição política que implicaria na saída de Assad.

Um funcionário dos EUA, que não assinou o memorando mas o leu, disse à Reuters que a Casa Branca continua se opondo a um envolvimento norte-americano mais profundo na guerra civil síria.

O funcionário disse que o comunicado não deve alterar esse fato ou mudar o foco de Obama da batalha contra a ameaça obstinada e contínua representada pelo grupo militante Estado Islâmico.

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