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Principal sede de operações do Hamas fica abaixo de hospital em Gaza, afirma exército israelense

O grupo terrorista se vale de complexos subterrâneos e da infraestrutura energética do hospital, usando pacientes e funcionários do local como escudos humanos, de acordo com as Forças de Defesa Israelenses

As Forças de Defesa de Israel (IDF) revelaram hoje (27) que a principal base de operações do Hamas está abaixo do Hospital Shifa, em Gaza, sob o qual o grupo possui complexos subterrâneos usados para “esconder criminosos condenados e armazenar armas para o terrorismo, colocando milhares de pacientes e funcionários do hospital em perigo”. Os militares israelenses divulgaram não só imagens que mostram como seriam os centros de comando do Hamas abaixo de Shifa, mas também conversas telefônicas que confirmam a localização do quartel-general e comprovam que o Hamas se vale da infra-estrutura energética do hospital para os seus próprios interesses.

O contra-almirante Daniel Hagari, porta-voz das IDF, disse em briefing para a imprensa que  Israel tem informações de que existem vários túneis que levam à base subterrânea do lado de fora do hospital, de modo que os funcionários do Hamas não precisam entrar no hospital para chegar até lá. Mas também acrescenta que, além disso, há uma entrada para o complexo subterrâneo por dentro de uma das enfermarias. Ainda de acordo com as IDF, a segurança interna do Hamas tem um centro de comando dentro do Hospital Shifa, de onde direciona disparos de foguetes contra Israel e armazena armas.

Hagari acusou o Hamas de usar o hospital – com 1.500 leitos e cerca de 4.000 funcionários – como escudo humano. “O Hamas usa o hospital Shifa como escudo para a infra-estrutura terrorista do Hamas”, disse ele. “O Hamas faz guerra nos hospitais. Ao operar a partir destes hospitais, o Hamas não só põe em perigo a vida de civis israelenses; mas também explora civis inocentes de Gaza”.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu divulgou em sua conta do X (antigo Twitter) um vídeo ilustrativo que mostra como seria a infraestrutura do Hamas no hospital, tanto no subterrâneo quanto na superfície. Nas imagens, são destacados dois geradores do hospital que seriam usados para abastecer os centros de comando subterrâneos do grupo terrorista.

As IDF também divulgaram uma ligação gravada entre dois habitantes de Gaza, que comprovam que a sede principal das brigadas Al-Qassam, do Hamas, está localizada na área do hospital, contando com banheiros, quartos e centros de comando. O uso da infraestrutura do hospital também foi confirmada por meio de outra ligação gravada, desta vez com um alto oficial responsável por questões energéticas em Gaza. Na conversa, o homem afirma que o Hamas tem atualmente pelo menos meio milhão de litros de combustível sob seu controle, que usariam para os terroristas disporem de oxigênio nos túneis, telefones, chuveiros e iluminação no complexo subterrâneo. “O que é terrível é que mesmo que todas essas pessoas morram, e mesmo se Israel matasse 10 mil civis todos os dias, não importaria [para o Hamas]. Eles não se importam. O que é mais importante para eles é permanecer no poder”, denuncia o oficial de Gaza.

As informações foram publicadas na conta oficial de Israel no X, com o texto: “o Hamas é responsável pela crise humanitária em Gaza, roubando recursos cruciais a civis e utilizando-os para assassinar israelenses inocentes”.

“A exposição dessas informações sobre os centros de comando do Hamas só comprovam que o grupo terrorista não se importa com os cidadãos de Gaza e não representam de fato a população palestina. Fica claro que, usando uma localização tão importante quanto um hospital, que deveria ter função humanitária em meio à guerra, para seus próprios interesses e para a articulação de seus ataques terroristas, o Hamas só tem um objetivo: destruir Israel, custe o que custar”, afirma André Lajst, cientista político especialista em Oriente Médio e presidente executivo da StandWithUs Brasil. “Israel fará de tudo para proteger seus cidadãos e para evitar danos às pessoas não envolvidas, mas as organizações terroristas operam conscientemente usando a população civil, cometendo um duplo crime de guerra: disparando indiscriminadamente contra civis israelenses, e usando os residentes civis da Faixa de Gaza como escudos humanos”.

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