Israel matou o comandante militar do Hamas em um ataque aéreo nesta quarta-feira na Faixa de Gaza, levando os dois lados envolvidos no conflito à iminência de uma nova guerra.
O ataque ocorreu apesar de sinais de que o Egito havia conseguido mediar uma trégua entre Israel e militantes palestinos após cinco dias de escalada de violência, em que mais de 100 mísseis foram disparados de Gaza contra Israel e foram lançados repetidos ataques israelenses sobre o enclave.
O islamista Hamas disse que Ahmed Al-Jaabari, que era responsável pelo braço armado da organização chamado Izz el-Deen Al-Qassam, morreu junto com um passageiro depois que o carro em que estavam foi atingido por mísseis israelenses.
O serviço israelense de inteligência Shin Bet confirmou ter realizado o ataque, dizendo que matou Jaabari devido à sua "atividade terrorista de uma década".
"O motivo desta operação era debilitar o comando e o controle da cadeia de liderança do Hamas", afirmou o Exército israelense em um comunicado.
Uma autoridade militar israelense disse que o assassinato do alto comandante do Hamas não seria o fim dos ataques de Israel à Faixa de Gaza e que mais ataques virão a seguir.
Pedidos imediatos por vingança foram transmitidos na rádio do Hamas e grupos militantes menores alertaram que iriam retaliar.
"Israel declarou guerra em Gaza e eles irão carregar a responsabilidade pelas consequências", disse a Jihad Islâmica.
Uma testemunha da Reuters informou que houve múltiplos ataques aéreos de Israel contra o enclave costeiro.
O Hamas governa Gaza desde 2007 e não reconhece o direito de Israel de existir.
Israel travou uma guerra com o Hamas pela última vez entre 2008 e 2009, quando um conflito de três semanas acabou com 1.400 palestinos e 13 israelenses mortos.
(Reportagem de Nidal al-Mughrabi e Dan Williams)