O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, disse ao presidente da Coreia do Sul na segunda-feira que ele quer a cooperação entre os dois países e os Estados Unidos para manter aberto e pacífico o mar do sul da China, disse um porta-voz do governo japonês.
Abe foi no passado crítico da assertividade da Pequim no mar da China meridional, através do qual muito do comércio do Japão e da Coreia do Sul e do suprimento de energia passam.
"Ele disse que o Japão gostaria de colaborar com a Coreia do Sul e os Estados Unidos em várias ocasiões para preservar o mar aberto, livre e pacífico", disse o vice-chefe de gabinete Koichi Hagiuda a repórteres depois de Abe manteve conversações com o presidente Park Geun-hye da Coréia do Sul em Seul.
Hagiuda não entrou em detalhes, mas na sexta-feira, o ministro da Defesa japonês Gen Nakatani reiterou que Tóquio não tem planos de tomar parte nas "patrulhas de liberdade de navegação" lideradas pelos EUA no mar do sul da China.
China, Japão e Coreia do Sul prometem cooperação econômica na 1ª cúpula em três anos
Os líderes de Coreia do Sul, Japão e China prometeram trabalhar em direção a uma maior integração econômica durante sua primeira reunião conjunta em mais de três anos, neste domingo, enquanto trabalham para aliviar as tensões provenientes do passado bélico japonês.
A presidente sul-coreana, Park Geun-hye; o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe; e o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, também disseram que retomarão as reuniões anuais que foram suspensas desde 2012, em meio a desentendimentos sobre a história e o território.
Park disse concordar com Abe e Li em trabalhar a favor da conclusão de um acordo por uma área de livre comercio com 16 países, assim como um outro tratado de livre comércio trilateral que está sendo negociado desde 2013.
"Concordamos em trabalhar juntos pela conclusão de uma Parceria Econômica Regional Abrangente", disse Park em uma coletiva de imprensa conjunta com Li e Abe, após a reunião de cúpula.
"Concordamos em expandir a cooperação econômica e social para a prosperidade mútua do nordeste asiático, e também em fortalecer a cooperação entre os três países para criar um novo ritmo de crescimento", acrescentou Park.
A China tem sido a principal defensora da parceria econômica, que criaria o maior bloco de livre comércio do mundo, com uma mercado de 3,4 bilhões de pessoas.
Negociadores dos 16 países envolvidos, entre eles a Índia e os 10 países da Associação de Países do Sudeste Asiático, se encontraram em Busan, na Coreia do Sul, no mês passado, para discutir a abertura de mercados e reduções de taxas sobre bens e serviços.