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Presidente da Turquia acusa Rússia de armar militantes do PKK, diz mídia

O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, acusou a Rússia de fornecer armamento antiaéreo e foguetes a militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), afirmou o jornal pró-governo Star e outras mídias locais nesta segunda-feira.

Falando a repórteres a bordo de seu avião após uma visita a Diyarbakir, província do sudoeste turco, no final de semana, Erdogan acusou Moscou de transferir armas ao PKK, que atua na ilegalidade, pelo Iraque e pela Síria, segundo o Star.

"Neste momento, terroristas estão usando armas antiaéreas e mísseis supridos pela Rússia. A organização separatista terrorista está equipada com estas armas. Elas foram transferidas a elas via Iraque e Síria", disse Erdogan, segundo o Star.

A "organização separatista terrorista" é um termo do governo turco para o PKK, cuja insurgência combate o Estado há três décadas e já deixou mais de 40 mil mortos, a maioria militantes no sudeste de maioria curda do país.

O governo não estava disponível de imediato para confirmar a reportagem.

Embora Erdogan tenha repreendido a Rússia anteriormente por seu apoio a combatentes curdos na Síria, seus comentários mais recentes parecem ser a primeira vez em que ele acusou Moscou de providenciar armamento para o PKK, visto como um grupo terrorista por Turquia, Estados Unidos e Europa.

Ancara também considera os combatentes sírios das Unidades de Proteção Popular (YPG) um grupo terrorista e se enfureceu com a Rússia e os EUA por apoiarem a facção, que enfrenta militantes do Estado Islâmico na Síria.

A Turquia, que é integrante da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), faz parte da coalizão liderada pelos norte-americanos que combate o grupo radical sunita na Síria e um dos críticos mais explícitos do presidente sírio, Bashar al-Assad. Moscou apóia Assad, embora tenha dito que auxilia os curdos sírios na luta contra o Estado Islâmico.

Ataques turcos matam 28 militantes do Estado Islâmico ao norte de Aleppo, diz TV

O Exército da Turquia matou ao menos 28 militantes do Estado Islâmico em ataques ao norte da cidade síria de Aleppo no domingo, em retaliação pelos ataques mais recentes contra uma cidade fronteiriça turca, disse a rede CNN Turk, citando um comunicado militar.

O ataque atingiu 58 alvos do Estado Islâmico com artilharia e lança-foguetes, relatou a CNN Turk nesta segunda-feira.

O jornal Sabah, pró-governo, relatou que cinco pessoas ficaram feridas na sexta-feira quando foguetes lançados de território controlado pelo Estado Islâmico no norte da Síria atingiram a província turca de Kilis, a cerca de 60 quilômetros de Aleppo.

Kilis foi atingida por foguetes de territórios controlados pelo Estado Islâmico mais de 70 vezes desde janeiro, matando 21 pessoas, incluindo crianças, no que autoridades da segurança descrevem como uma mudança de explosões acidentais para alvos deliberados.

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