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Potências ocidentais prometem à Ucrânia armas de longo alcance para combater a Rússia

As potências ocidentais prometeram à Ucrânia na sexta-feira armas de longo alcance para combater a invasão russa, enquanto a União Europeia (UE) apoiou a candidatura da ex-república soviética para aderir ao bloco, em uma cúpula em Kiev.

Os Estados Unidos anunciaram um novo pacote de ajuda no valor de 2,2 bilhões de dólares em armas, incluindo foguetes que poderiam quase dobrar o alcance da artilharia ucraniana.

“Os Estados Unidos continuarão a trabalhar com seus aliados e parceiros para fornecer à Ucrânia a capacidade de responder às necessidades imediatas do campo de batalha e às necessidades de segurança a longo prazo”, afirmou o Pentágono.

A França e a Itália entregarão um sistema de defesa antiaérea de médio alcance MAMBA para ajudar a Ucrânia a “se defender contra ataques de drones, mísseis e aviões russos”, disse o Ministério da Defesa francês.

Bakhmut, a “fortaleza”

Quase um ano após o início da invasão russa, os combates se concentram no leste do país, principalmente em Bakhmut, sitiada e bombardeada há semanas.

“Ninguém vai entregar Bakhmut […] Vamos lutar o máximo que pudermos” para defender essa “fortaleza”, declarou o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky.

A fumaça subia no centro da cidade e os helicópteros militares ucranianos sobrevoavam baixo as planícies geladas para evitar serem detectados.

Segundo as autoridades, apenas 6.500 dos 70.000 habitantes permaneceram em Bakhmut após a guerra.

Oleksander Tkachenko, 65 anos, disse que, ao lado de outros moradores, correu para tirar uma mulher dos destroços de seu veículo após um bombardeio.

“Claramente” não era um objetivo militar, já que seu carro “era vermelho”, denunciou.

Em Kherson, uma grande cidade do sul que estava nas mãos da Rússia antes de as forças ucranianas a recuperarem, bombardeios mataram uma pessoa e feriram outra, disseram as autoridades.

“A Ucrânia é a UE, a UE é a Ucrânia”

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reuniram-se com Zelensky e manifestaram seu apoio à adesão da Ucrânia ao bloco.

“A Ucrânia é a UE, a UE é a Ucrânia”, lançou Charles Michel no final da cúpula em Kiev, onde as sirenes antiaéreas soaram duas vezes durante o dia.

A Ucrânia é candidata à adesão desde junho de 2022, um processo que requer inúmeras reformas e pode levar anos.

O presidente ucraniano afirmou que o seu país não perderá “nem um dia” para cumprir os requisitos de integração e considerou “possível” iniciar as negociações ainda este ano.

Líderes europeus destacaram em comunicado o “progresso” da Ucrânia na criação de instituições “independentes e eficazes” para combater a corrupção.

Von der Leyen revelou que a UE está preparando novas sanções contra a Rússia para 24 de fevereiro, primeiro aniversário da invasão.

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