Nota DefesaNet
Prezados leitores. Esta tradção simplificada publicada em O Globo, do artigo do Washington Post é a mais próxima ao original Recomendamos a leitura da matéria original do jornal Washington Post, (22DEZ13), que publicamos na íntegra, em íngles, pela sua importância e relevância: Só complementando o texto, o Chefe da guerrilha Reyes foi localizado por ter uma conversa, de mais de 30 min com Hugo Chávez, via um telefone satelital, o que possibilitou uma localização segura e clara na fronteira com o Equador. O Editor |
By Dana Priest
Graphics by Alberto Cuadra, Cristina Rivero, Gene Thorp
Elyssa Pachico and Julie Tate contributed to this report.
A CIA, agência de inteligência americana, ajudou o Exército colombiano a eliminar ao menos 24 líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) através de um programa secreto, revelou ontem o jornal "Washington Post". A Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos também contribuiu com o governo colombiano com "ajuda substancial em escutas telefônicas", de acordo com a reportagem.
O diário indica que o plano contra as FARC, uma organização guerrilheira que atua há cinco décadas na Colômbia, foi autorizado pelo presidente americano George W. Bush em 2003, durante o governo de Álvaro Uribe. As operações reveladas esta semana não estavam no orçamento destinado ao "Plano Colômbia", um programa de US$ 9 bilhões criado pelos EUA para combater o narcotráfico.
As ações secretas continuam em curso no governo de Barack Obama, segundo 30 fontes militares americanas e colombianas, de inteligência e diplomáticas ouvidas pela reportagem. Todas falaram sob condição de anonimato.
O programa secreto na Colômbia oferece dois serviços essenciais que ajudaram o país a virar a guerra contra as Farc e um grupo insurgente menor, o Exército de Libertação Nacional (ELN): inteligência em tempo real para seguir os líderes rebeldes, permitindo sua perseguição e, desde 2006, bombas guiadas a laser com capacidade de localização por GPS, cuja precisão permite acertar acampamentos no meio da selva.
A CIA não se pronunciou sobre a reportagem. O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, por sua vez, disse que as operações secretas americanas "têm sido de assistência" às Forças Armadas de seu país.
– Parte do conhecimento e da eficiência de nossas operações especiais são o produto do melhor treinamento que adquirimos por muito países, entre eles os EUA – explicou.
Já o deputado Ivan Capeda, da oposição, afirmou que a Câmara cobrirá explicações ao atual governo.
As operações reveladas pelo "Washington Post" seriam um dos maiores programas de inteligência dos EUA desde os ataques às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001. O serviço secreto americano também fornece assistência a ações em países africanos e da América Central, além do México, como uma forma de traçar a trajetória seguida pelo tráfico de drogas.
O início do programa não oficial na Colômbia veio após a queda de um avião monomotor em uma área da selva controlada pelas Farc, no dia 13 de fevereiro de 2003. Os guerrilheiros mataram o policial colombiano que estava a bordo, assim como um dos quatro empreiteiros americanos que trabalhavam contra o cultivo da coca. Os outros três foram feitos reféns e passariam anos no cativeiro.
Naquele ano, a embaixada americana em Bogotá contava com 4.500 funcionários de 40 agências. Era a maior representação diplomática nos EUA no exterior – só perdeu este posto em 2004 para o Afeganistão.
– Não havia outro país, incluindo o Afeganistão, onde tínhamos mais coisas acontecendo do que na Colômbia – disse William Wood, que foi embaixador americano em Bogotá entre 2003 e 2007, antes de assumir por dois anos o mesmo cargo em Cabul.
Devido aos assassinatos indiscriminados e ao tráfico de drogas, em 2003 os EUA já consideravam as FARC uma organização terrorista. Esta designação facilitou a formação de um "orçamento oculto" contra a guerrilha. Até forças de elite, que combateram a al-Qaeda, foram levadas à selva para cumprir treinamentos e participar de tentativas de resgate de reféns.
Mesmo com o monitoramento em tempo real, passaram alguns anos até que as forças envolvidas na operação conseguissem executar os líderes das FARC. Membros da cúpula da organização foram localizados pelo menos 60 vezes na selva sem que houvesse ataques. Quando helicópteros com soldados colombianos chegavam à área, os acampamentos estavam vazios.
Mas o treinamento intensivo com as bombas inteligentes acabaram permitindo, em março de 2008, o assassinato de Raúl Reyes, um dos principais comandantes das Farc, em um acampamento na selva que as forças rebeldes tinham no Equador, perto da fronteira com a Colômbia, entre outros líderes das forças insurgentes. O governo colombiano e as FARC vêm promovendo, desde o ano passado, reuniões de paz. Apesar das negociações, o combate continua, sem um cessar-fogo.
As FARC teriam se engajado nas conversas devido à morte de boa parte de sua cúpula, o que deixou o grupo acéfalo, segundo analistas de conflito.
Bogotá estima que 600 mil pessoas foram mortas pelas FARC desde o início da guerrilha.
Anatomy of Lethal Air Operations in Colombia
Nota DefesaNet – A descrição abaixo dá a responsabilidade de lançamento das Paveway II aos A-37 Dragonfly. Informações preliminares davam o lançamento aos A-29 Super Tucano.
Recentemente a Força Aérea Brasileira relizou sofisticado exercício com o lançamento de armas inteligentes ( Bombas ELBIT Lizard guiadas por laser) desde Super Tucanos e A-1 (AMX). Veja a matéria FAB – Caças A-1 lançam pela primeira vez bombas guiadas a laser Link. O Editor |
First strike: Em uma missão típica, várias aeronaves leves de ataque Cessna A-37 Dragonflys, desenvolvidas originalmente para Operações Especiais Americanas no Vietnã, voando a 20,000 pés lançam bombas inteligentes. Elas podem ser lançadas quando as aeronaves estão a 5 km do alvo. As bombas comunicam-se com os satélites GPS para atingir o alvo.
Bombardeio: Várias aeronaves Embraer A-29 Super Tucanos, voando a muita baixa altura, seguem os A-37. Eles jogam bombas de gravidade próxima ao impacto da "smart bomb", com o objetivo de abrir clareiras na floresta e matar outros guerrileiros no acampamento das FARC.
Gunship strike: Veteranos AC-47 gunships, chamados de "Puff the Magic Dragon" (Puff o Dragão Mágico), saturam a área com tiros de metralhadoras,
Tropas no Terreno Finalmente, se o acampapamento é muito longe de estradas, Tropas Colombianas do Exército desembarcam de helicópteros Black Hawk ou Mi-17. As tropas recuperam o corpo do líder das FARC, se possível, os sobreviventes e especialmente os equipamentos eletrônicos, como celulares e computadores que poderão fornecer valiosas informações de inteligência. (como ocorreu no caso de Reyes)