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Pentágono está formando seu próprio serviço de inteligência

Segundo os planos, esta estrutura irá fazer parte do atual serviço de inteligência militar (Defense Intelligence Agency) e ampliar consideravelmente as suas possibilidades de “penetrar profundamente em territórios inimigos”, isto é, para além das zonas de conflitos militares.

Para a nova estrutura passarão 15% do pessoal do serviço de inteligência militar – centenas de seus agentes que irão manter contatos estreitos com colegas da CIA. Já está elaborada uma base informativa para os futuros trabalhos. Sob cobertura em alguns países, os futuros agentes recolheram dados sobre o terrorismo e preparações de ataques de mísseis com ogivas nucleares.

A reorganização do sistema de inteligência militar dos Estados Unidos é resultado do descontentamento do Pentágono com a qualidade da sua atividade, considera o redator-chefe da revista “Defesa Nacional”, Igor Korotchenko:

"Evidentemente, o serviço de inteligência militar dos Estados Unidos não conseguiu conceder à direção militar e política as informações necessárias para avaliar verídica e objetivamente os preparativos militares em uns ou outros países. Em particular, os americanos recebem pela linha de um serviço de reconhecimento especial informações sobre o Irão que são insuficientes para avaliar adequadamente, sem dados dos agentes, a realização dos mais importantes programas nucleares e de mísseis do Irã."

Na opinião do perito, a formação do “serviço clandestino de defesa” ainda não testemunha a intenção dos Estados Unidos de resolver militarmente o problema iraniano. Mas a avaliação das possibilidades do Irã de se aproximar da posse de armamentos nucleares obriga a olhar mais atentamente para os processos que decorrem no país. Até o fim de 2012, o Irã será capaz de produzir uma “bomba suja” barata (com munições não nucleares mas com um conteúdo altamente radioativo) e de entregá-la a extremistas em Líbano e no setor de Gaza, prognostica o vice-primeiro-ministro de Israel, Moshe Yaalon.

A  China não é mencionada por acaso, sendo um dos principais adversários dos Estados Unidos, continua Igor Korotchenko:

"O crescimento da sua potência militar e da sua atividade militar, incluindo naval, testemunha uma certa conversão dos êxitos econômicos e financeiros daquele país em concretas decisões técnico-militares e político-militares. A meu ver, trata-se de um monitoramento mais completo e de avaliação do potencial militar da China pelo serviço de reconhecimento."

A atividade da nova estrutura irá substituir em certo modo os trabalhos da CIA que se subordina à Casa Branca. É pouco provável que a reestruturação no quadro do Pentágono mude cardinalmente alguma coisa, considera Roman Romatchov, perito em reconhecimento empresarial:

"Eles gostam de inventar. Mesmo após os atos terroristas de 11 de setembro, formaram um serviço de reconhecimento único por cima de todos os serviços secretos. A meu ver, trata-se de divisão do orçamento. Possivelmente, eles precisam de canalizar uma parte de dinheiro para uma esfera."

Embora, adianta Roman Romatchov, no serviço de inteligência não haja fontes supérfluas de informação. É possível que este serviço tenha as suas fontes que possam fornecer uma informação mais completa.

No serviço de inteligência militar, departamento materno, esperam-se demissões. Em meados de abril, Barack Obama propôs para o posto de seu dirigente o general Michael Flynn que criticou duramente no passado o departamento de reconhecimento militar.

O oficial serviu no Iraque e no Afeganistão no serviço de inteligência militar no Comando Unificado de Operações Espaciais (Joint Special Operations Command) antes de este serviço ter sido exterminado Ossama bin Laden. A chegada de Flynn, escrevem os meios de comunicação ocidentais, simboliza a importância crescente das operações especiais secretas para o Pentágono.

A formação do “serviço clandestino de defesa” é mais um sinal da sua aspiração de se afastar dos conflitos militares no Iraque e no Afeganistão.

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