Durante o debate na CRE, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) observou que, além de investimentos reduzidos, as Forças Armadas têm que lidar com os baixos vencimentos de seus oficiais em relação a funcionários de nível semelhante no próprio Executivo e nos outros Poderes. Roberto Requião (PMDB-PR) sugeriu a realização de audiência pública para tratar desse assunto.
O presidente da comissão, Fernando Collor (PTB-AL), assinalou que as necessidades de defesa do Brasil aumentam ao mesmo tempo em que cresce o peso internacional do país.
— Soberania é uma palavra-chave. E a soberania está diretamente relacionada à capacidade operacional das Forças Armadas. Nossa diplomacia é competente, mas estamos em um estágio em que precisamos ter uma força de dissuasão que seja visível para o resto do mundo — salientou.
Respondendo a Luiz Henrique (PMDB-SC) sobre o satélite geoestacionário brasileiro — que será usado pelas Forças Armadas e para a ampliação da oferta de internet banda larga no país —, o ministro Celso Amorim disse que o lançamento está previsto para 2014.
A respeito da utilização de veículos aéreos não tripulados (vant) para a segurança nas fronteiras, ele disse para Sérgio Souza (PMDB-PR) que os veículos são “uma prioridade do governo brasileiro”.
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) defendeu o fortalecimento da atuação das Forças Armadas na Amazônia e Anibal Diniz (PT-AC) ressaltou a “necessidade premente” de novas bases militares na região, onde o tráfico de drogas tem se convertido, de acordo com o senador, em uma “ameaça permanente a índios isolados”.
Os possíveis desdobramentos da crise entre Israel e o Irã, onde há ameaças de ação militar contra armas nucleares, foram mencionados por Eduardo Suplicy (PT-SP).