Aliados da Otan estão discutindo manter uma força de treinamento de entre 8.000 e 12.000 soldados no Afeganistão após a saída da maioria dos soldados estrangeiros em 2014, disseram os Estados Unidos nesta sexta-feira.
As forças militares lideradas pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) estão gradualmente entregando a responsabilidade pela segurança a seus colegas afegãos, já que a maior parte das forças de combate estrangeiras se prepara para se retirar até o fim do próximo ano.
"Entre 8.000 e 12.000 tropas foi discutido como o tamanho possível da missão da Otan em geral", disse o porta-voz do Pentágono, George Little, após uma reunião de ministros de Defesa da Otan, em Bruxelas.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ainda não decidiu quantos militares norte-americanos permanecerão no Afeganistão depois de 2014, disse ele, acrescentando: "O presidente ainda está analisando as opções."
O ministro da Defesa alemão, Thomas de Maiziere, disse mais cedo que o secretário de Defesa norte-americano, Leon Panetta, havia dito a aliados em Bruxelas que os Estados Unidos só poderiam manter 8.000 a 12.000 tropas.
Após Panetta ter negado, Maiziere emitiu um comunicado se corrigindo e dizendo que o número se refere ao tamanho global possível da missão da Otan pós-2014, que também deve incluir aliados europeus e de alguns países não-membros da Otan.
O número de soldados é politicamente sensível, já que eleitores em muitos países aliados estão cansados da guerra de 12 anos contra o Taliban.
Discussões anteriores na Casa Branca consideraram uma gama de opções de entre 3.000 e 9.000 soldados norte-americanos, com os comandantes militares mais confortáveis com o maior patamar do intervalo.
Um oficial sênior da Otan disse no mês passado que os Estados Unidos esperam que outros aliados da Otan contribuam com entre um terço e metade do número de tropas que Washington fornecerá.
Além da missão de treinamento da Otan, os Estados Unidos também vão levar adiante uma missão de combate ao terrorismo no Afeganistão depois de 2014, tendo como alvo a Al Qaeda.
(Reportagem adicional de Justyna Pawlak)