O chefe da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) alertou nesta quinta-feira sobre o risco da retomada dos combates intensos na Ucrânia, mas disse que não seria prudente declarar que o acordo de cessar-fogo fracassou, apesar das violações frequentes, porque ele continua sendo a melhor esperança de se obter a paz.
Também nesta quinta-feira, os militares ucranianos acusaram os rebeldes pró-Rússia de realizarem ataques com artilharia de longo alcance em vilarejos no leste e disseram que um de seus efetivos foi morto e 12 ficaram feridos em confrontos nas últimas 24 horas.
“O conflito na Ucrânia já custou mais de 6 mil vidas. As violações do cessar-fogo persistem. E ainda há o risco de uma retomada dos combates intensos”, afirmou o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, durante uma reunião de ministros da Defesa da Otan e da Ucrânia.
O conflito provocou a pior crise nas relações entre o Ocidente e o Oriente desde a Guerra Fria.
“A Rússia continua a apoiar os separatistas com treinamento, armas e soldados. E tem um grande número de forças posicionadas em sua fronteira com a Ucrânia”, declarou.
Moscou nega as afirmações da Otan e dos ucranianos de que tem tropas combatendo na Ucrânia.
Obama e Putin discutem Irã, Estado Islâmico e Ucrânia em conversa por telefone
O presidente russo, Vladimir Putin, telefonou para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nesta quinta-feira, na primeira conversa por telefone desde fevereiro, para discutir as negociações nucleares do Irã, "a situação cada vez mais perigosa na Síria" e a necessidade de combater militantes do Estado Islâmico, informou a Casa Branca em comunicado.
"Os líderes discutiram a situação cada vez mais perigosa na Síria e ressaltaram a importância de prosseguir com a unidade nas negociações em curso para impedir o Irã de adquirir uma arma nuclear", disse a Casa Branca.
Obama também afirmou a Putin que a Rússia precisa se adequar aos termos de um acordo de cessar-fogo com a Ucrânia, "incluindo a remoção de todas as tropas russas e equipamentos de território ucraniano", disse a Casa Branca.