O ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, vai aceitar o envio de milhares de soldados egípcios para reforçar a segurança na península do Sinai, depois de essa desértica região ter sido usada para um ataque transfronteiriço que abalou as relações entre os dois países, disse a revista Economist na sexta-feira.
O tratado de paz israelo-egípcio de 1979 permite apenas uma presença limitada de guardas fronteiriços egípcios com armas leves no desmilitarizado Sinai, e também restringe a mobilização militar de Israel no seu lado da fronteira.
Segundo a Economist, Barak disse que Israel também aceitará a presença de helicópteros e blindados do Egito no Sinai, mas sem tanques — exceto os de um batalhão já estacionado na região.
O governo israelense não quis comentar as informações da revista britânica.
Israel diz que, no incidente da semana passada, militantes palestinos usaram túneis para passar da Faixa de Gaza para o Sinai, e que de lá se infiltraram em Israel para cometer um ataque que deixou oito mortos na cidade balneária de Eilat, no extremo sul israelense.
Israel então acusou o Egito de estar perdendo o controle sobre o Sinai desde a rebelião popular que derrubou o regime de Hosni Mubarak, em fevereiro. As forças israelenses reagiram ao ataque realizando uma operação no outro lado da fronteira, o que resultou na morte de três soldados egípcios e gerou irritação no Cairo.
Mesmo antes desses incidentes, o Egito já havia reforçado sua presença militar no Sinai e vinha realizando uma ofensiva contra militantes.