Washington, 17 mai (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, expressou nesta terça-feira ao rei Abdullah II da Jordânia seu respaldo político e econômico às reformas iniciadas neste país árabe para atender às mobilizações sociais que se estenderam pelo Oriente Médio.
Os dois líderes se reuniram nesta terça-feira no Salão Oval da Casa Branca no primeiro encontro de ambos desde que eclodiram, em janeiro passado, os protestos populares no mundo árabe, que provocaram uma transformação do panorama político em nações como Egito e Líbia.
No encontro, foram abordadas outras questões, como o conflito entre israelenses e palestinos. Tanto Obama quanto Abdullah coincidiram na necessidade de as duas partes retomarem o diálogo de paz e chegarem a uma solução "justa e equitativa", como disse o presidente americano.
Mas o principal tema de fundo da reunião foi a transformação social que está ocorrendo nos países árabes e que, segundo reconheceu Obama, respondem às "aspirações do povo jovem de determinar seu próprio futuro, obter uma educação, um trabalho e poder dar sustento a sua família".
"E isto significa que será necessário refazer algumas das velhas estruturas que estão impedindo suas possibilidades de progredir", destacou Obama após o encontro.
No final de abril, o rei jordaniano anunciou a criação de um comitê real com o objetivo de introduzir emendas à Constituição e abordar reformas políticas, como medida para acalmar os ânimos dos manifestantes, que foram às ruas manifestar, inspirados pelas revoltas no Egito e Tunísia.
Na Jordânia, os manifestantes pedem o estabelecimento de uma monarquia constitucional, que implicaria uma redução das prerrogativas do rei, como a designação do chefe do Governo e dos ministros.
Nesta terça-feira, Barack Obama elogiou as reformas propostas pelo monarca e disse estar "confiando que, se houver avanços nessa direção, será algo bom para a segurança e estabilidade da Jordânia, mas também para a prosperidade econômica de seu povo".
Obama deixou claro que os Estados Unidos apoiam essas reformas, não só do ponto de vista político, mas também econômico.
Por isso, ele anunciou a "mobilização de várias centenas de milhões de dólares" através da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que servirão de garantia para impulsionar um investimento de aproximadamente US$ 1 bilhão em desenvolvimento econômico na Jordânia.
Além disso, em uma tentativa de atenuar o efeito dos altos preços dos alimentos e das matérias-primas, que está prejudicando as nações mais desfavorecidas, Obama disse que os Estados Unidos fornecerão à Jordânia 50 mil toneladas métricas de trigo. EFE
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