A reunião foi convocada a pedido da Jordânia, que teria proposto um duro rascunho de resolução para consideração.
Entretanto, membros do Conselho concordaram apenas em "elementos para a imprensa", o que segundo o correspodente da BBC na ONU, Nick Bryant, é a forma mais fraca de ação do Conselho de Segurança.
O embaixador da Ruanda na ONU, Eugene Gasana, disse a jornalistas que membros do Conselho expressaram grande preocupação com a escalada da violência, a morte de civis, e "pediram mais respeito às leis humanitárias internacionais".
No total, 501 pessoas morreram em Gaza desde que Israel lançou a operação Margem Protetora contra militantes palestinos no dia 8 de julho, informaram fontes do Ministério da Saúde em Gaza. Elas informaram também que 3.135 pessoas ficaram feridas.
Nesta segunda-feira, 20 palestinos morreram em consequência dos últimos bombardeios, a maioria no sul do território.
'Dia mais sangrento'
Domingo foi o dia mais sangrento da operação, com mais de cem palestinos mortos. Do lado israelense, 18 soldados morreram.
O foco da ação israelense foi o distrito de Shejaiya, onde 60 pessoas perderam a vida.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse em entrevista à BBC Árabe que Shejaiya é "um reduto do terror" e serve de base de lançamento de foguetes contra Israel.
Já o presidente palestino, Mahmoud Abbas, chamou a ação em Shejaiya de "massacre".
Na noite de domingo, o Hamas afirmou ter capturado um membro das Forças de Defesa Iraelenses, desencadeando comemorações em Gaza e na Cisjordânia.
No entanto, Israel negou que um de seus soldados esteja sob poder dos palestinos.
"Não há nenhum soldado sequestrado e esses rumores não são verdadeiros", disse Ron Prosor, embaixador de Israel na ONU.
Esforço diplomático
Na frente diplomática, o secretário de Estado americano, John Kerry, está a caminho do Egito, onde deve se reunir com autoridades no Cairo para discutir a crise em Gaza.
Segundo a ONU, 83.695 pessoas já deixaram suas casas no território em busca de locais seguros contra os bombardeios.
Soldados israelenses invadiram Gaza na quinta-feira após dez dias de uma grande ofensiva aérea e naval que não conseguiu interromper o disparo de foguetes contra Israel por militantes palestinos que atuam no território.
Israel diz que a operação terrestre é necessária para atingir a rede de túneis do Hamas.
Esforços diplomáticos para um cessar-fogo não chegaram a um acordo. O Hamas rejeitou um cessar-fogo mediado pelo Egito na semana passada, alegando que qualquer acordo com Israel deve envolver um fim ao bloqueio à Gaza.