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Ministro francês diz que combates prosseguem no Mali

O ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, afirmou nesta terça-feira que os combates prosseguiam no Mali entre as forças francesas e os grupos islamitas, com "muitos mortos entre os jihadistas".

"Os combates são violentos e prosseguem no momento em que falamos, na área de Ifoghas" (norte do Mali), declarou Le Drian à rádio francesa RTL.

O número de jihadistas mortos é "significativo", completou. O ministro, no entanto, se recusou a divulgar um número preciso.

A operação francesa no Mali e os temores de 'um novo Afeganistão'

Os cenários de Afeganistão e Mali deram lugar a duas operações muito diferentes, apesar de alguns pontos em comum que alimentam o temor de um "novo Afeganistão" no Sahel.

A intervenção militar no Mali, que mobiliza 2.150 soldados franceses, é, superando o Afeganistão, a operação exterior mais importante do exército francês. Ambas têm por justificativa a luta contra o terrorismo. A primeira pode fazer lembrar a intervenção americana em 2001 depois dos atentados de 11 de setembro, e, como ela, pode durar anos.

Esta guerra contra o terrorismo na África "levará anos", inclusive décadas", considerou o primeiro-ministro britânico, David Cameron, após a sangrenta tomada de reféns da Argélia.

As tropas da Otan estão no Afeganistão há onze anos. No Mali, a grande incógnita é a duração da operação francesa.

"A situação não é simples, mas parece muito menos difícil de solucionar que a do Afeganistão. Não acredito que erradique o terrorismo, mas pode levar a situação a um nível suportável", considera Eric Denecé, do Centro Francês de Pesquisa sobre Inteligência (CF2R).

Assim como no Afeganistão, trata-se no Sahel de atacar o terrorismo. Embora "a comparação com o Afeganistão não seja pertinente", "há uma analogia, a luta contra o terrorismo", afirmou o chanceler francês Laurent Fabius.

Em 2011, tentava-se lutar contra a Al-Qaeda no Afeganistão, e hoje o objetivo é lutar contra a Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI) e os outros grupos islamitas presentes no Sahel.

Oficialmente, não é o papel do exército francês estar na linha de frente no Mali. Até pouco tempo atrás, seu principal objetivo era ajudar sua ex-colônia na reconstituição do exército malinense e dar apoio logístico a uma força africana prevista pela ONU para ajudar Bamako a reconquistar o norte do país nas mãos dos grupos islamitas.

Também no Afeganistão, os soldados franceses e os da Otan formaram unidades afegãs para transferir a elas, com maior ou menor êxito, a responsabilidade pela segurança do país.

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