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Militares têm papel de protagonistas na cerimônia de posse de Obama

Mais de seis mil soldados oferecerão nesta segunda-feira pompa militar e vigilância armada em Washington durante a cerimônia de posse do presidente Barack Obama, reeleito em novembro, que renovará também seu cargo de comandante-em-Chefe das Forças Armadas. A presença militar na posse presidencial remonta ao dia 30 de abril de 1789, quando soldados do exército dos EUA, unidades da milícia local e veteranos da Guerra da Independência escoltaram George Washington na sua primeira cerimônia de juramento.

No fim de semana, os integrantes do Exército, dos fuzileiros navais, da Força Aérea, da Marinha de Guerra e do Serviço de guarda-costeira repetiram as marchas e ensaios musicais em torno da capital do país. "Fazer parte do Corpo de fuzileiros navais sempre foi o sonho de toda a minha vida", disse à agência EFE Hiram Díaz, em um intervalo de um dos ensaios no Quartel da Marinha. "Segunda-feira estaremos diante do palanque quando o presidente Obama fizer seu juramento", acrescentou Díaz.

A banda do Corpo de Fuzileiros Navais, que recruta para suas missões cerca de 150 músicos, tem outra missão: acompanhará a atuação de Beyoncé, que se apresentará, junto com outros muitos artistas, na 57ª Posse Presidencial dos EUA. A presença ativa das Forças Armadas "não é somente um acontecimento histórico, mas representa uma das tradições que mais orgulham os militares", afirmou o general Michael Linnington, comandante da força de tarefas conjuntas da Região da Capital. "Proporcionamos o apoio cerimonial a um dos eventos mais simbólicos da nação. Nesta missão, demonstramos nosso profissionalismo de 237 anos em apoio à nação".

Durante vários ensaios para a cerimônia de posse, o sargento do Estado-Maior da Força Aérea, Serpico Elliott, teve uma missão particular. Elliot, de Greensboro, Carolina do Norte, é negro e mede 2,32 metros, por isso foi eleito para representar o comandante-em-Chefe, Obama. A soldado do Exército Delandra Rollins teve que desempenhar o papel da primeira-dama Michelle Obama e comentou, com um sorriso, que levou pouco tempo para escolher seu vestido, mas que finalmente optou por algo "na moda, mas com classe e informal ao mesmo tempo".

Os uniformes coloridos, a fanfarra, a passagem dos uníssonos, os tambores e os percursionistas e os sapatos brilhantes são a parte mais vistosa, mas não a mais importante da contribuição militar à cerimônia civil e constitucional. Por ordem do chefe do Pentágono, Leon Panetta, a Força de Tarefas Conjuntas tem um contingente de quase 450 soldados que coordenarão as tropas visíveis e invisíveis que vigiarão os edifícios, estradas, pontes, o aeroporto Reagan National e as águas dos rios Potomac e Anacostia.

Os milhares de soldados e membros da Guarda Nacional chegaram de 26 Estados e territórios para dar apoio a outras agências federais como a polícia de parques e o FBI. Centenas de soldados da Guarda Nacional estão alocados no Departamento de Polícia Metropolitana de modo que poderão fazer detenções e cumprir outras tarefas de ordem pública, incluindo o manejo de multidões, as comunicações e os apoios médico e logístico.

Os militares não têm papel de comando algum na guarda presidencial, essa é uma tarefa do Serviço Secreto, mas sim fornecerão sua experiência na vigilância da ordem pública. Esta área da função policial da Força de Tarefas Conjuntas está a cargo do coronel do Exército, Jesse Galván, cujo escritório foi coordenado durante mais de 18 meses com o FBI e o Serviço Secreto. "No caso de acontecer algo catastrófico, estamos alerta e em posição de dar apoio à polícia local e emprestar recursos ao pessoal de emergências", afirmou Galván em entrevista coletiva .

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