Milhares de pessoas fizeram um protesto neste domingo (30/08) em frente ao parlamento em Tóquio contra projetos de lei que preveem o aumento das prerrogativas do Exército japonês.
A nova legislação proposta pelo primeiro-ministro, Shinzo Abe, a frente do Partido Liberal Democrata, está em discussão no Senado. A votação final deve ocorrer até o fim de setembro.
A reforma proposta pelo governo permite a ampliação dos interesses de defesa do país para além do território nacional. O Exército poderia apoiar aliados no exterior, mesmo que não fosse diretamente ameaçado. Abe e seus partidários argumentam que as alterações são necessárias diante da ampliação da força da China e a instabilidade política na Coreia do Norte.
Embaixo de chuva, os manifestantes ergueram cartazes com a mensagem "Sim à paz, não à guerra" e pediram a saída do premiê do cargo. Alguns estudantes fazem greve de fome. Membros da oposição também participaram do ato. Uma série de protestos ocorre no país desde julho, desde que o projeto foi aprovada pela câmara baixa do Parlamento japonês.
A reinterpretação da Constituição pacifista, em vigor desde o fim da Segunda Guerra Mundial, levou 120 mil às ruas de Tóquio, de acordo com os organizadores. Já a polícia contabilizou 30 mil manifestantes.